Elas são fitness sim, mas não seguem padrão
Mulheres com diferentes tipos de corpo provam que não temos que nos enquadrar em um modelo de beleza para levar uma vida mais ativa
Cau Saad, 36 anos
A top personal trainer já foi alvo de críticas de seguidores que não consideram o shape dela adequado para uma treinadora física. Ex-jogadora de futebol profissional, Cau ganhou peso quando a jornada de trabalho se tornou mais intensa. A empresa cresceu e apareceram as palestras, as viagens e o stress. Mas o manequim nunca foi um impedimento para seguir adiante com a rotina fitness. “Eu não sou só um corpo e nunca terei o padrão imposto pela sociedade de hoje. Sou feliz por ser saudável e ter disposição para realizar minha jornada de trabalho”, diz Cau.
Paola Antonini, 21 anos
A modelo superalto-astral compartilha sua rotina fitness no Instagram para os quase 700 mil seguidores. Após ter a perna esquerda amputada acima do joelho, por causa de um atropelamento, Paola faz questão de não esconder a prótese em fotos e vídeos em que aparece de shortinho ou biquíni. Com uma versão específica para a prática esportiva, ela frequenta a academia, os treinos de Cau Saad, aulas de dança e anda de skate. Nos preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, será uma das 12 mil pessoas que carregarão a tocha olímpica.
Vera Minelli, 51 anos
Ela tem um corpão que começou a ser esculpido cinco anos atrás, quando a filha Gabriela Pugliesi readequou a própria rotina de alimentação e exercícios e influenciou a família toda. De Gabi, Vera adquiriu o rigor com a alimentação, que evita doces e farinha branca, mas os exercícios sempre fizeram parte de sua vida. Todos os dias ela acorda às 6h e pratica musculação e aeróbio antes do trabalho. “Eu me sinto muito melhor hoje do que há dez anos e não tenho mais problemas para dormir. Um corpo fitness não tem a ver com músculo, é um corpo de uma pessoa que se cuida e está feliz com ela mesma”, diz.
Fabiana Murer, 36 anos
A atleta desistiu da ginástica artística aos 16 anos porque cresceu demais para a modalidade (que praticava desde os 7). Mas, em vez de desanimar porque seu físico não era adequado para o esporte que amava, encontrou uma prática em que a sua altura de 1,72 m era valorizada: o atletismo. O técnico com quem trabalha até hoje bateu o olho em Fabiana e a encaminhou para o salto com vara. Ela não poderia imaginar que entraria para a história do esporte brasileiro ao conseguir a primeira medalha de ouro do país em um Mundial de Atletismo, em 2011. Nas Olimpíadas do Rio, nossa torcida vai ser por ela de novo.