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Tratamento para esclerose múltipla: como a atividade física pode ajudar

Profissional explica como os exercícios físicos contribuem com o tratamento para esclerose múltipla, estabilizar certos sintomas

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h39 - Publicado em 29 ago 2023, 17h56

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que acomete diversas pessoas ao redor do mundo. Para ser mais exato, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são cerca de 2,2 milhões pessoas afetadas pelo quadro. Com isso, a prática de atividades físicas pode se tornar uma ação benéfica como tratamento para esclerose múltipla.

De acordo com Silvia Lemos Fagundes, professora dos cursos de Fisioterapia e Educação Física do Centro Universitário Cesuca, a doença, quando diagnosticada, se manifesta através de surtos – e é aí que entram os exercícios físicos, que conseguem ajudar a estabilizar os sintomas relacionados aos movimentos. A seguir, a profissional explica como isso é possível.

Atividade física e o tratamento para esclerose múltipla

Segundo Silvia, a esclerose múltipla pode acarretar distúrbios sensoriais (dormência ou formigamentos), dificuldade para andar, problemas cognitivos e de memória, fraqueza ou cansaço.

“Assim, quando a doença não é tratada de forma adequada, pode evoluir para um quadro grave, com redução da expectativa de vida, infecções pulmonares, urológicas e principalmente dificuldade para engolir alimentos”, ela aponta.

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Embora não haja cura para o quadro, hoje em dia existem muitos tratamentos para esclerose múltipla.

“Os exercícios físicos são os principais aliados para a estabilidade do paciente, junto da fisioterapia, que ajuda na recuperação dos movimentos e fortalece os músculos”, afirma a profissional.

“Nesse cenário, a atividade física ou cinesioterapia (recurso fisioterapêutico em pacientes com esclerose) tem como objetivo reduzir o quadro de dor caracterizado como contraturas musculares, amenizando os sintomas do paciente.”

Silvia ressalta que os exercícios mantêm a integridade das articulações, evitando deformidades, fraqueza e fadiga dos músculos, além dos tremores e da espasticidade que evolui para rigidez dos músculos durante os movimentos voluntários. Estes, por sua vez, acabam dificultando a coordenação de movimentos, como pegar um copo, amarrar os sapatos e escovar os dentes.

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Sendo assim, o movimento orientado melhora o equilíbrio e a caminhada independente das pessoas com esclerose múltipla, evitando as quedas e consequentes fraturas.

“Também os exercícios terapêuticos respiratórios previnem complicações respiratórias, melhoram a qualidade de vida para as atividades diárias e laborais, que são de extrema importância para esses pacientes”, conclui a profissional.

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