Por trás do corpo esculpido, está um sorriso fácil. Difícil é conseguir tirar a bola oval de Baby, uma das principais jogadoras da Seleção Brasileira de Rúgbi. No ano em que o esporte retorna às Olimpíadas (após quase um século), a carioca sonha em fechar a carreira com uma medalha – o ponto mais alto para quem começou a jogar antes mesmo de a modalidade ser profissionalizada no país e precisou fazer um calendário sensual com as colegas de time para custear a viagem para o Mundial de 2009. Aqui, ela só se despe do porte de durona.
COMECEI QUANDO…
Tinha 10 anos e ia assistir a minha irmã em campo.
NÃO PAREI MAIS PORQUE…
É um esporte muito dinâmico.
PARA JOGAR RÚGBI, VOCÊ PRECISA…
Ser corajosa.
COM ELE GANHEI…
Amigos no mundo todo.
SER ATLETA MULHER É…
Continuar sendo mulher. Pinto as unhas, uso maquiagem…
JÁ MOREI…
Em Sydney, na Austrália, durante dois anos.
MINHA MAIOR CONQUISTA…
Ainda está por vir, se Deus quiser.
JOGAR NO BRASIL É…
Resultado de uma luta em um país onde ninguém conhece o meu esporte e os atletas quase não recebem apoio.
NO FUTURO, EU QUERO…
Continuar trabalhando com o rúgbi, só que de outra forma. Pode ser como treinadora, comentarista ou até organizadora de eventos.
NO PRATO, PRECISO EVITAR…
Chocolate e frituras.
E NÃO PODE FALTAR...
Vinte pedaços de frutas por dia.
ANTES DA PARTIDA, EU…
Ouço música e como um carboidrato em gel com cafeína.
MEU MANTRA É…
Ser positiva e não focar apenas nos erros que cometo no jogo mas também nos acertos.
PARA ME CONCENTRAR, EU…
Presto atenção na respiração, fecho os olhos e esvazio a mente.
QUANDO ESTOU EM CAMPO…
Só penso em ter as bolas nas mãos. E, se estou com ela, quero fazer um try (quando a jogadora coloca a bola no chão depois de ultrapassar a linha final do campo – vale cinco pontos).
AO OLHAR UMA COMPANHEIRA DE TIME…
Tento passar confiança.
AO OLHAR UMA ADVERSÁRIA…
Quero passar por cima dela.