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Natureza e mente: como o ambiente verde combate o declínio cognitivo

Estudo descobriu que mulheres que residiam em áreas verdes apresentaram níveis cognitivos mais altos ao longo do tempo

Por Giovana Santos
Atualizado em 21 out 2024, 17h30 - Publicado em 11 set 2024, 18h00

Estar próximo da natureza na vida adulta contribui para a redução do declínio cognitivo no futuro. É o que aponta um estudo de julho publicado no periódico Environmental Health Perspectives. Esse resultado se mostrou ainda mais verdadeiro em localidades de baixo índice socioeconômico.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores selecionaram cerca de 17 mil mulheres na terceira idade participantes do Nurses’ Health Study. Todas elas realizaram pelo menos quatro testes cognitivos entre 1995 e 2001. Então, foram monitoradas até 2008.

Além disso, os cientistas avaliaram a dimensão das áreas verdes nos locais onde as voluntárias viviam por meio de imagens de satélite – capturadas 9 anos antes do início dos testes. Outros dados, como idade, poder aquisitivo e depressão, também foram levados em conta.

Assim, constatou-se que aquelas que mantinham um maior contato com a natureza atingiram notas mais altas nos testes cognitivos no início do experimento – além de terem apresentado taxas mais baixas de declínio mental com o passar do tempo.

Outros benefícios da natureza

Outro artigo um pouco mais antigo, publicado no periódico britânico Scientific Reports, monitorou a atividade do cérebro, dos batimentos cardíacos e das experiências comportamentais de 17 adultos quando em contato com os barulhos da natureza.

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E descobriu que a exposição a esses tipos de som altera certas conexões da massa cinzenta, reduzindo nosso estresse e o instinto que o corpo tem de acionar o modo ‘luta ou fuga’ — resposta do sistema nervoso simpático perante uma situação encarada como ameaça.

Cada participante ouviu duas faixas: uma com sons da natureza e outra com sons de ambientes criados ou compostos por pessoas.

Durante cada uma delas, os voluntários realizaram tarefas que exigiam atenção e reflexo enquanto seus sistemas de envolvimento involuntário eram analisados, como respiração, pressão sanguínea, temperatura corporal, metabolismo e digestão.

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O resultado mostrou, então, que sons naturais estavam diretamente relacionados a sensações de calma e relaxamento enquanto os artificiais despertavam preocupação e ansiedade.

Os estudiosos envolvidos na pesquisa afirmam que os benefícios da descoberta podem ser sentidos em apenas cinco minutos de exposição, especialmente se você está em um dia ruim e precisa desestressar.

Então, tente dar um pulinho no parque durante seus intervalos ou até mesmo no fim de semana caso tenha tido alguns dias intensos no trabalho.

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Não consegue se deslocar? Você pode encontrar esse tipo de faixa online ou ouvi-la em programas de streaming. Não vai ser exatamente a mesma coisa, mas já ajuda!

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