No último domingo (16), em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, a cantora e ex-BBB Flayslane, de 28 anos, desabafou sobre os efeitos colaterais do chip da beleza, um implante de hormônio que resolveu aderir com a intenção de emagrecer e ganhar massa muscular. De acordo com ela, o método, já no primeiro mês de uso, trouxe algumas alterações indesejáveis, como um quadro grave de acne, erupções cutâneas, queda de cabelo e aumento de peso.
“Começou a cair bastante meu cabelo. A minha pele foi a minha maior tristeza. O meu rosto começou a encher completamente de espinha. O meu corpo inchou muito. Foi com o chip que eu ganhei 10 quilos”, contou.
Nas redes sociais, Flay, que também foi a vencedora da terceira temporada da competição musical “The Masked Singer”, publicou um vídeo mostrando como ficou o seu rosto por causa do implante hormonal e também fez um alerta a respeito do assunto.
“Quando eu usei o tal chip da beleza, ele foi indicado para mim sem maiores explicações e eu simplesmente confiei. Essa é a grande importância dessa matéria, alertar vocês sobre os efeitos catastróficos para que outras pessoas não caiam nessa cilada assim como eu”, declarou nos Stories do Instagram.
Confira:
O QUE É O CHIP DA BELEZA?
Segundo a Dra. Priscila Pyrrho, ginecologista e obstetra com visão integrativa da saúde da mulher, esse método consiste em um implante subcutâneo que leva gestrinona, um hormônio sintético derivado da testosterona que é capaz de bloquear a ação do estrogênio feminino e, consequentemente, interromper a ovulação e a menstruação.
“As mulheres que têm excesso de estrogênio, por exemplo, aquelas diagnosticadas com síndrome de ovários policísticos e endometriose, podem se beneficiar bastante do uso desse método, assim como as que sofrem com sangramentos menstruais intensos, miomas ou TDPM”, diz.
A médica ainda alerta que ele não é recomendado para quem está na perimenopausa ou na menopausa, pois esses dois períodos provocam uma queda nos níveis do estrogênio, e ficar sem esse hormônio pode aumentar o risco cardiovascular e de eventos trombóticos.
Algumas mulheres podem apresentar reações adversas ao usarem esse método, sendo que as principais são: engrossamento de voz, queda de cabelo e inchaço.
“Então, se não for bem avaliado e se a paciente não tiver uma indicação muito precisa, ela não vai ter benefício nenhum”, conclui a Dra. Priscila.