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Casos de mal súbito são mais comuns no verão: saiba como prevenir

Médico explica motivos pelos quais a estação mais quente do ano pode favorecer o mal súbito. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h42 - Publicado em 16 jan 2024, 13h50

O mal súbito é uma expressão utilizada para especificar casos que requerem o atendimento médico iminente, como infarto, AVC, arritmia cardíaca e ataques cardíacos. No verão, alguns fatores colaboram para que esses quadros se tornem mais comuns.

Um levantamento do INC (Instituto Nacional de Cardiologia), com base nos dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde, mostrou que, nos últimos 14 anos, houve um aumento de aproximadamente 160% no número de casos de infarto no país. Entre os homens, a média mensal de internações passou de 5 mil para mais de 13 mil, enquanto entre as mulheres, a média foi de 2 mil para quase 5 mil.

Para o Dr. Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, durante o verão, os casos de mal súbito podem ser mais recorrentes porque as pessoas acabam se cuidando menos, por conta das férias, e também devido às altas temperaturas.

“No verão, as pessoas costumam sair da rotina e acabam exagerando com a alimentação não saudável, bebidas alcoólicas, tabagismo e sedentarismo, além do calor, que causa uma vasodilatação. Esses fatores podem contribuir para o aumento do risco de infarto”, conta.

Outro aspecto a ser considerado é a idade de cada indivíduo. Até os 35 anos, a principal causa de mal súbito é de origem cardíaca. Após essa idade, os problemas ligados à doença arterial coronariana são os principais responsáveis. De acordo com o médico, pacientes adolescentes, adultos jovens e idosos são os que mais tendem a sofrer um mal súbito.

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“Hoje, percebemos que muitos casos de mal súbitos nos jovens acontecem por causa do uso de drogas, que causam arritmias. Normalmente, essa morte súbita nos jovens vem associada a uma arritmia maligna, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular, que causam a parada cardíaca”, explica ele.

“Também está em alta jovens que buscam o corpo perfeito e fazem o uso de esteroides, que podem mudar a fisiologia cardíaca e causar uma hipertrofia ventricular, onde o músculo cardíaco engrossa e a pessoa fica mais suscetível a arritmias”, completa.

 

SINAIS DE MAL SÚBITO E COMO PREVENIR

Desmaio, dor no peito, falta de ar, palpitações, dor de cabeça intensa, convulsões, fraqueza, sudorese e tremores são alguns dos sinais de alerta do mal súbito. Ao apresentar esses sintomas, é fundamental procurar uma unidade de saúde o quanto antes, uma vez que o tratamento prévio pode evitar complicações mais sérias e até mesmo o óbito.

Por mais que o problema possa estar ligado a fatores genéticos, existem maneiras de preveni-lo. “O melhor jeito de fazer isso é por meio do acompanhamento médico, realizando exames de formam anual, principalmente se houver histórico familiar de condições cardíacas. Além disso, é indispensável praticar atividade física, manter uma dieta saudável, beber bastante água, gerenciar o estresse, evitar o tabagismo e controlar os níveis de colesterol, hipertensão e diabetes“, lista Pires.

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