Nos dias em que nos sentimos cansados, sobrecarregados e perdidos, é comum a sensação de que não estamos dando conta de tudo, de que falhamos de alguma forma. A verdade é que, por mais que nos esforcemos para ser fortes, eficientes e perfeitos, não podemos estar no controle de tudo o tempo todo.
E ei, está tudo bem não estar bem o tempo todo. Está tudo bem se, por um momento, não conseguimos seguir em frente como planejamos e seja necessário mudar a rota! Essas pausas, esses momentos de vulnerabilidade, não definem quem somos, eles são apenas parte do nosso caminho.
O mundo valoriza muito a produtividade, a perfeição e a capacidade de lidar com tudo sem hesitar. Existe uma pressão constante para sermos incansáveis, para sempre dar conta de todos os papéis que desempenhamos. Porém, aí que entra o problema, essa cobrança excessiva nos afasta de algo essencial: a autocompaixão.
A autocompaixão é a capacidade de olhar para si com a mesma gentileza e compreensão que oferecemos aos outros. Ela é essencial, especialmente em momentos de dificuldade, quando nos sentimos fracassados ou incapazes.
Mas muitos de nós temos resistência a ela, acreditando que ser autocompassivo é o mesmo que ser fraco, ou que estamos “pegando leve” conosco quando deveríamos nos esforçar mais, o que não é a verdade.
Autocompaixão não é sinônimo de fraqueza. Na verdade, ser autocompassivo requer muita coragem. É preciso coragem para admitir que estamos sofrendo, para reconhecer nossos limites e para aceitar que, às vezes, o melhor que podemos fazer é parar, respirar e cuidar de nós mesmos.
Autocompaixão não significa que abandonamos nossos objetivos ou que deixamos de nos esforçar. Pelo contrário, ela nos ajuda a seguir em frente de forma mais saudável e equilibrada, nos proporcionando uma base emocional mais sólida para lidar com os desafios.
Todos falhamos, todos temos dias ruins, e isso faz parte do processo de crescimento. Ao abraçarmos a autocompaixão, permitimos que nossas imperfeições existam sem nos definirem e isso nos liberta para sermos quem realmente somos: humanos, com nossas forças e fraquezas, nossos dias bons e ruins.
Quando nos permitimos ser autocompassivos, criamos espaço para nos curarmos. Esse processo envolve reconhecer que a dor faz parte da vida, que não somos os únicos a passar por momentos difíceis. Pensando nisso, aqui vão algumas dicas para lidar melhor com dias difíceis:
Dicas para encarar dias difíceis
Aceite seus sentimentos
Nos dias em que tudo parece confuso e desesperançoso, o primeiro passo é aceitar o que você está sentindo. Não lute contra suas emoções, não tente reprimi-las ou ignorá-las. Aceitar que você não está bem é o ponto de partida para se cuidar melhor.
Dê-se permissão para descansar
Dê-se permissão para descansar quando precisar. Pare, desconecte-se por um momento e permita-se recuperar as energias.
Pratique a autocompaixão ativa
Imagine o que você diria a um amigo que está passando por um momento difícil. Agora, diga isso a si mesmo. Trate-se com gentileza, reconhecendo que está fazendo o melhor que pode nas circunstâncias que enfrenta.
Desconstrua o perfeccionismo
Muitas vezes, nos sentimos perdidos ou desesperançosos porque estamos tentando alcançar padrões inalcançáveis. Desconstrua o perfeccionismo, aceitando que erros fazem parte da jornada e que a imperfeição é natural.
Busque apoio
Não é necessário passar por tudo sozinho. Compartilhe seus sentimentos com alguém de confiança, um amigo, um familiar ou até mesmo um psicólogo. Falar sobre o que está acontecendo pode aliviar o peso que você carrega.
Faça algo que lhe traga conforto
Nos momentos de dificuldade, encontre atividades que lhe tragam conforto, como ouvir uma música suave, assistir a um filme leve, caminhar ao ar livre ou fazer algo criativo. Pequenos prazeres podem ajudar a acalmar a mente e aliviar o estresse.
Relembre suas conquistas
Quando nos sentimos incapazes, é fácil esquecer o quanto já superamos no passado. Faça uma lista mental ou física de momentos em que você conseguiu enfrentar desafios e relembre que você é capaz de superar mais uma vez.
Lembre-se: você não precisa estar bem o tempo todo. Há momentos em que o que mais precisamos é de um pouco de cuidado e gentileza, e isso começa ao praticarmos a autocompaixão.
Não se trata de ser fraco, nem de evitar responsabilidades. Trata-se de ser humano. Abraçar essa humanidade é o primeiro passo para lidar com os desafios da vida de forma mais saudável e compassiva.
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @psi.priscilaconte. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3