O uso excessivo de telas é perigoso porque pode levar à uma série de problemas de saúde mental e física. Além de favorecer ansiedade, depressão, insônia, dificuldade de concentração e isolamento social, outras consequências preocupantes podem ocorrer.
O constante contato com padrões estéticos irreais nas redes sociais pode ocasionar um desmoronamento da autoestima e da imagem corporal.
A exposição a conteúdos relacionados ao consumo pode resultar em compulsões por compras e problemas financeiros. Em casos mais graves, o uso excessivo do celular está associado a transtornos alimentares, devido à influência de imagens e informações sobre dietas e corpo ideal.
Além disso, pode causar desmotivação e perda de sentido na vida, pois a busca incessante por validação e entretenimento nas redes sociais pode diminuir a satisfação com a vida real. Esses problemas combinados tornam o uso excessivo do celular uma preocupação significativa para a saúde mental e o bem-estar geral das pessoas.
Especificamente durante a infância, esses prejuízos podem afetar de maneira ainda mais impactante o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo das crianças, influenciando seu crescimento e aprendizado de forma negativa.
Estudos recentes indicam que o uso de tela na infância pode estar relacionado não só com a dependência, mas com uma perda significativa da inteligência global e desempenho escolar, pois reduz a capacidade de concentração, tolerância a frustração, memória e criatividade.
Para um uso saudável do celular, é importante estabelecer limites e práticas conscientes. Isso inclui definir horários específicos para usar o celular e limitar o tempo gasto em aplicativos e redes sociais.
Além disso, é útil desativar notificações desnecessárias para reduzir interrupções e distrações, priorizar interações sociais face a face, praticar atividades offline e dedicar tempo para descanso e sono sem a presença do celular. É fundamental encontrar um equilíbrio saudável entre o uso do celular e outras atividades que promovam o bem-estar físico e mental.
Júlia Pereira, psicóloga.