A abdominoplastia é feita para retirar o excesso de pele, da flacidez residual depois de uma gestação, de um envelhecimento ou de uma perda de peso muito grande, por exemplo. Ela tem que ser feita no centro cirúrgico, com anestesia geral ou raqui.
Nessa cirurgia, também há a possibilidade de tratar a musculatura de abdômen. As pacientes depois da gestação podem ter uma condição chamada diástase, que é o afastamento dos músculos de abdômen e, no procedimento, a gente aproxima essa musculatura que ficou afastada para deixar o abdômen com um aspecto mais reto e ajudar até mesmo na questão postural.
Geralmente, a abdominoplastia é escolhida quando a pessoa já tem a prole constituída, já está decidida a não ter mais filho. Mas, pode acontecer da paciente vir engravidar depois de se submeter a uma cirurgia dessa. Então, a pergunta é “quem fez abdominoplastia pode engravidar?”, até pode, mas não é o ideal.
A técnica não compromete o desenvolvimento fetal, não compromete em nada em relação à gestação propriamente dita. A paciente deve fazer um pré-natal, um acompanhamento gestacional normal, não há um aumento dos riscos.
O que pode acontecer é uma nova mudança corporal, porque há um crescimento do útero por conta da nova gestação, e aí a pessoa pode desenvolver uma flacidez e perder o resultado da cirurgia feita anteriormente.
Dr. Josué Montedonio, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Instagram: @jmontedonio.