A osteoporose é mais prevalente em mulheres devido a vários fatores hormonais e biológicos, por exemplo, a perda de estrogênio após a menopausa.
O estrogênio tem um papel fundamental na manutenção da densidade mineral óssea. Com a menopausa, ocorre uma queda brusca nos níveis desse hormônio, gerando um desequilíbrio na fisiologia óssea.
As mulheres, em geral, possuem uma massa óssea inicial menor do que os homens também por causas hormonais. Portanto, qualquer perda óssea as afeta mais significativamente.
Um outro fator que pode ser levado em consideração é que as mulheres vivem mais, e a osteoporose é uma doença que se desenvolve ao longo do tempo, afetando principalmente idosos.
Outro ponto relevante é que, durante a gravidez e a amamentação, há uma demanda aumentada de cálcio, o que pode contribuir para a diminuição da massa óssea, especialmente se a ingestão de cálcio não for adequada.
Tem como evitar a osteoporose em mulheres?
Sim, existem estratégias para prevenir a osteoporose, especialmente em mulheres que estão nos grupos de risco. Os principais cuidados incluem a ingestão adequada de cálcio e vitamina D.
É o importante garantir a ingestão de alimentos ricos em cálcio (como laticínios, vegetais de folhas verdes) e exposição ao sol para ativar a vitamina D desde a infância.
Também é necessário estimular a realização de atividades que promovam o fortalecimento ósseo, entre elas, caminhadas, dança, musculação e exercícios de resistência, evitar hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que estão associados à perda de densidade óssea, e manter o peso corporal adequado.
Simone de Paula Pessoa Lima, geriatra da Saúde do Lar. Instagram: @saudenolarmg