Para avaliação do potencial fértil do homem, o espermograma é o melhor exame, pois avalia volume do sêmen, concentração de espermatozoides, percentual de espermatozoides que são móveis e progressivos e podem chegar até a tuba para encontrar o óvulo e a morfologia, que é a característica do espermatozoide em si, já que, se houver alteração de morfologia, o espermatozoide tem maior dificuldade de fecundar o óvulo.
Quando o espermograma está normal e, ainda assim, há infertilidade do casal, um exame que é complementar ao espermograma é a fragmentação do DNA espermático. É um exame também avaliado pelo sêmen, pois de 8 a 11% dos homens com espermograma normal podem ter fragmentação do DNA espermático elevada, o que também pode ser causa de infertilidade.
Quando há alteração em um desses dois exames, precisamos investigar a causa dessa infertilidade, então fazemos alguns exames hormonais, exames genéticos no caso de alterações mais graves de concentração, alterações ligadas à varicocele, em que fazemos exame físico de bolsa testicular e um ultrassom de bolsa testicular com doppler para avaliar se há veias varicosas no testículo, então tudo isso é avaliado, além dos hábitos de vida para saber, o que pode ser modificado para melhorar o potencial fértil do homem.
Dr. Rodrigo Rosa, ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana.