Os exercícios físicos desempenham um papel importante no tratamento de doenças como a artrite reumatoide, osteoartrite, lúpus, fibromialgia e espondilite anquilosante, pois acabam atuando como um agente tanto na melhora do controle de comorbidades quanto em sintomas da própria doença reumatológica, além de ajudar na prevenção de déficits funcionais.
A prática regular é importante para manter a flexibilidade, fortalecer a musculatura e reduzir a rigidez articular. Também ajuda no controle do peso corporal, na redução do risco de doenças cardiovasculares e na melhora de qualidade de vida de paciente. Entretanto, o tipo, a intensidade e a duração do movimento são pontos que devem ser definidos de acordo com cada caso e sempre com a supervisão de um profissional qualificado, a fim de evitar complicações.
Antes do início das atividades físicas, o paciente reumatológico deve ser avaliado quanto a problemas que contraindicam a realização de exercícios, podendo ser essas restrições temporárias ou definitivas, de acordo com as comorbidades que possui. Vale lembrar que, para os pacientes que não apresentam contraindicações, durante os períodos de piora da doença, pode-se reduzir as atividades físicas, porém, o ideal é não interromper, pelo próprio efeito anti-inflamatório que o exercício causa.
Dra. Luiza Grandini, reumatologista da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro.