Os cornetos nasais são estruturas localizadas na parede lateral do nariz e formadas por uma parte de osso, uma parte de mucosa e uma outra de tecido esponjoso. Em cada fossa nasal, a gente tem as conchas inferior, média e superior, que têm como objetivo principal filtrar, umidificar e aquecer o ar que inspiramos. A concha inferior é a que é visível quando olhamos dentro do nariz e, se ela estiver dilatada, pode afetar negativamente a respiração nasal.
Ou seja, todo mundo tem o corneto nasal, que é chamado por aí como carne esponjosa. Ele é uma estrutura anatômica do nariz. O que acontece é que o corneto pode ficar aumentado, e isso pode ocorrer por motivos como reação alérgica, frio e ar muito seco.
No entanto, com o passar dos anos, pacientes que apresentam muitas alergias, por exemplo, podem acabar ficando com os cornetos nasais aumentados de forma crônica. Aquilo que era só para fazer uma proteção passa a ser muito inchado. O principal sintoma desse quadro é a sensação de nariz entupido.
A cirurgia da carne esponjosa é indicada para indivíduos que não respondem ao tratamento clínico, que têm sinusite de repetição, que apresentam apneia do sono ou que possuem uma obstrução nasal significativa, prejudicando a qualidade de vida.
É importante lembrar que, no procedimento, a gente não faz a retirada da carne esponjosa, apenas reduzimos uma parte do corneto, melhorando o espaço da fossa nasal e, consequentemente, a respiração.
Dra. Maria Augusta Aliperti, otorrinolaringologista. Instagram: @dra.gutaaliperti.