Nem sempre levantar mais peso é a melhor opção para seus objetivos na academia. Em muitos casos, usar menos carga e completar mais repetições de forma lenta, como é feito no treino TUT, é a melhor alternativa para a hipertrofia.
Com nome vindo do inglês “time under tension” – ou “tempo sob pressão”, em tradução –, esse método valoriza mais o tempo usado em um exercício do que sua carga. A premissa é que o tempo em que um músculo está tensionado amplia o estresse metabólico e mecânico, necessários para a hipertrofia.
Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, inclusive, comprova a teoria. Segundo a pesquisa, a combinação de séries mais lentas com uma carga reduzida e mais repetições indicaram uma maior percepção de esforço, o que melhora o ganho de massa muscular.
De acordo com Bruno Silva, treinador da Smart Fit, de fato esse tipo de exercício, feito de maneira coordenada e alternando as fases da contração muscular priorizadas, apresenta resultados significativos.
“Essa maior permanência em ambas as fases caracteriza o que é chamado de treino metabólico ou tensional. Nesse caso, mais tempo na fase concêntrica causa mais estresse metabólico, enquanto mais tempo na fase excêntrica gera mais estresse mecânico”, explica Silva.
Para quem o treino TUT é indicado?
Silva afirma que, mesmo sendo comprovadamente benéfico, o treino TUT é mais indicado para pessoas com mais experiência na academia, por exigir mais coordenação do movimento. Ainda assim, o indicado é que ele seja realizado sempre sob a supervisão de um profissional de educação física.
“É uma prática que pode ser aplicada em qualquer exercício. Porém, é fundamental estar sempre acompanhado. Como o estresse sobre o músculo é maior, o praticante deve estar em um estágio de treinamento que suporte esse tipo de estímulo. Iniciantes devem realizar essa técnica com a máxima cautela”, afirma o professor.
Treino TUT: como fazer
Abaixo, você confere um treino recomendado por Bruno Silva para a aplicação do método TUT: