Um estudo publicado no Journal of Cancer Survivorship concluiu que os benefícios do treino para pacientes com câncer de mama ou mulheres que já enfrentaram a doença superam os riscos aos quais elas são expostas.
Liderada por pesquisadores da University of Missouri, nos Estados Unidos, a pesquisa apontou, ainda, que a atividade física regular é capaz de até diminuir a chance de recorrência do câncer.
Não à toa, a prática de exercícios físicos é fundamental para a qualidade de vida das mulheres, seja na prevenção ou reabilitação do câncer de mama, segundo o personal trainer e especialista em musculação, Caio Signoretti.
Benefícios do treino para pacientes com câncer de mama
De acordo com o profissional, a musculação é capaz de ajudar a prevenir ou minimizar a perda de massa muscular e massa óssea de pacientes com câncer de mama, reduzindo o risco de atrofia. Além disso, o fortalecimento muscular é importantíssimo para quem está passando pelo tratamento da doença ou até para quem já passou por ele.
“Quem faz tratamento hormonal tende a ter essa perda e o treinamento de força vai fazer com que a pessoa mantenha essa densidade óssea e massa muscular inalterados”, aponta Signoretti.
Segundo ele, os treinos também contribuem para se ter autonomia durante todo tratamento, e ajudam a melhorar as dores e desconfortos. Outros benefícios são:
- Controle corporal do peso.
- Redução do risco de recorrência da doença.
- Qualidade de vida por conta da liberação dos hormônios do bem-estar, como a endorfina.
- Redução de risco de linfedema: em casos específicos com exercício físico, a mulher consegue reduzir o risco do edema que pode ocorrer após algumas cirurgias de câncer de mamas.
Há contraindicações?
O personal trainer afirma que, apesar de não haver contraindicação, é preciso sempre respeitar o próprio limite e o período de tratamento.
“Por exemplo: se a mulher estiver muito fragilizada, pode e deve fazer o exercício em uma intensidade menor. Da mesma forma que se estiver se sentindo bem, pode aumentar a intensidade também”, ele explica.
É importante ressaltar, contudo, que o sedentarismo aumenta em 104% o risco para a evolução e desenvolvimento da doença.
“Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento entre as mulheres, como por exemplo, o excesso de peso e a atividade física insuficiente (menos de 150 minutos por semana). Por isso, é tão importante a prática de exercício físico regulamente”, garante Signoretti.
“O ideal é que as mulheres comecem a se exercitar o quanto antes. É claro que a paciente deve respeitar sempre seu limite, mas o importante é começar. Não importa a intensidade, esse start no fortalecimento é de suma importância para que se tenha um maior bem-estar durante o tratamento, além de aumentar muito as chances de uma recuperação mais rápida”, finaliza o profissional.