Vamos imaginar a seguinte situação: você está levantando peso e o professor diz, à queima-roupa: “Contraia a vagina”. A probabilidade de você sentar a mão no “atrevido” é alta. Ou então de processá-lo por assédio sexual, se você for do tipo menos sanguíneo e mais cerebral. Mas saiba que o moço estaria certíssimo: uma orientação como essa numa sala de musculação – não duvide! – só traria benefícios a você.
Agora, pense numa academia com aulas de ioga e pilates. Na primeira sala, você vai escutar frases como “contraia o períneo” (esse ilustre desconhecido faz a ligação entre a vagina, a uretra e o ânus). Na segunda sala, o comando será “acione o assoalho pélvico” (a região que engloba os músculos que se situam na parte inferior da pélvis, incluindo o períneo). E pode apostar: nenhuma aluna fica constrangida ou ruborizada, mesmo que existam vários rapazes na sala. “Para o pilates essa é uma musculatura essencial, que faz parte do core ou cinturão central, em conjunto com o abdômen, glúteos e região lombar”, explica Luana de Oliveira, fisioterapeuta especializada em ortopedia e instrutora de pilates.
O mesmo vale para a ioga – é só lembrar que essa prática é “prima” do Kama Sutra (aquele tratado indiano sobre sexo, famoso pelas posições não-convencionais) e do pompoarismo (arte sexual criada na Índia e aperfeiçoada pelas tailandesas para fortalecer os músculos da vagina e aumentar o prazer delas e dos parceiros). Sábias essas orientais…
Voltando para a sala de musculação: “É muito importante manter o assoalho pélvico contraído ao se exercitar com carga”, diz a fisioterapeuta Adriana Brasilino. E explica: “Esse tipo de atividade física faz uma pressão para baixo no nosso corpo, o que pode acabar enfraquecendo a musculatura de sustentação dos órgãos sexuais. Pode ser uma contração leve, não precisa colocar muita força”, ensina Adriana, que é especializada em uroginecologia – parte da medicina que cuida de disfunções como a incontinência urinária, que, aliás, acontece exatamente pe-la flacidez daquela área.
O músculo do amor
O fato é que exercitar o assoalho pélvico – por menos sexy que seja esse nome – pode incendiar a sua cama. Pois é por meio da contração involuntária desses músculos que acontece… tchan, tchan, tchan, tchaaan, o orgasmo! Agora ficou interessante, não é mesmo? “O prazer sexual depende da fricção do pênis no canal vaginal e da pressão da vagina sobre o pênis. Essa pressão é exercida pelos músculos. Se eles estão fortalecidos, ela é maior”, explica Sheila Marcondes, instrutora de pilates e fisioterapeuta com especialização em fisioterapia desportiva.
• O exercício mais conhecido para trabalhar os músculos internos da vagina se chama Kegel, numa referência ao ginecologista norte-americano Arnold Kegel, que, na década de 50, passou a recomendá-lo para suas pacientes. “Quando você estiver fazendo xixi, segure o jato de urina no final, espere alguns segundos e solte. Depois, interrompa e solte de novo, até esvaziar a bexiga. Assim, você vai aprender a contrair e relaxar voluntariamente esses músculos”, diz Rita.
• A posição de cócoras, por si só, é uma das que mais trabalha o assoalho pélvico. Para você intensificar esse trabalho, experimente contrair e relaxar os músculos da vagina acompanhando a sua respiração: inspira, contrai. Expira, relaxa. Tente manter os calcanhares no chão. Se não conseguir, apóie-os em dois bloquinhos de ginástica.
• A posição de cócoras, por si só, é uma das que mais trabalha o assoalho pélvico. Para você intensificar esse trabalho, experimente contrair e relaxar os músculos da vagina acompanhando a sua respiração: inspira, contrai. Expira, relaxa. Tente manter os calcanhares no chão. Se não conseguir, apóie-os em dois bloquinhos de ginástica.
• Outra dica é exercitar o períneo quando estiver fazendo ginástica localizada ou musculação. “Acionar o assoalho pélvico ajuda na contração mais eficaz do abdômen. Não só o abdominal rende mais como a aluna aprende a conhecer melhor o seu corpo”, diz Márcia Reis, professora de educação física da academia Bio Ritmo, em São Paulo, com especialização em treinamento de força. “Contraia o abdômen como se quisesse grudar o umbigo nas costas, ao mesmo tempo que fecha os músculos do assoalho pélvico, como se estivesse apertada para fazer xixi. Só depois disso, você começa os abdominais”, ensina Márcia.
• Outra dica é exercitar o períneo quando estiver fazendo ginástica localizada ou musculação. “Acionar o assoalho pélvico ajuda na contração mais eficaz do abdômen. Não só o abdominal rende mais como a aluna aprende a conhecer melhor o seu corpo”, diz Márcia Reis, professora de educação física da academia Bio Ritmo, em São Paulo, com especialização em treinamento de força. “Contraia o abdômen como se quisesse grudar o umbigo nas costas, ao mesmo tempo que fecha os músculos do assoalho pélvico, como se estivesse apertada para fazer xixi. Só depois disso, você começa os abdominais”, ensina Márcia.