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A história da leitora que se livrou do efeito sanfona com a corrida

A consultora de vendas Nathalia Schmal, de 28 anos, achou na corrida uma inspiração para mudar seu estilo de vida e nunca mais ter que treinar por obrigação

Por Giuliana Cury
Atualizado em 21 out 2024, 19h26 - Publicado em 23 abr 2015, 15h37
Chris Parente/Arquivo pessoal
Chris Parente/Arquivo pessoal (/)
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“Desde cedo, minha mãe me acostumou a comer de tudo e em grande quantidade, sem frescura. Na escola, eu era aquela criança que pegava o lanche que sobrava dos coleguinhas. Meu primeiro problema com o excesso de peso foi na pré-adolescência. Eu quis fazer ginástica olímpica, mas na hora de executar os movimentos minha barriguinha atrapalhava e acabei desistindo. Um pouco mais mocinha, comecei a me importar mais com a aparência e resolvi apostar em dietas milagrosas – achava mais fácil do que malhar. E elas até adiantavam por um tempo, mas era só voltar a comer normalmente que os quilos voltavam. Vivi no efeito sanfona durante anos.

Emagreci tomando remédios contraindicados e sofri todos os piores efeitos colaterais possíveis, de dores a depressão. Até que comecei a namorar meu atual marido. Ele é surfista, pratica luta e é adepto do estilo de vida saudável. Isso, aos poucos, me fez repensar o meu lifestyle. Em 2011, fizemos uma viagem de um mês para a Califórnia. Lá eu comi sem medo de ser feliz! Resultado: voltei para o Brasil pesando 75 quilos (nunca havia chegado a tanto). E o choque maior ainda estava por vir. No início de 2012, fui madrinha de um casamento e, na prova do vestido, a costureira teve que tirar o zíper das costas e colocar um laço no lugar para conseguir fechar. Foi muito frustrante.

Em seguida, outro susto: descobri que o nível do meu colesterol (já elevado na família) estava ainda mais alto. O médico disse que, se eu quisesse viver sem remédios, teria que me mexer. Logo fui pesquisar sobre maneiras de emagrecer e o resultado mais recorrente era: corrida. Resolvi tentar. Iniciei na esteira, colocava uma música animada e apertava o passo só no refrão. Olhava a mulherada correndo de top no parque e achava muito distante da minha realidade. Até que um dia criei coragem e fui para a rua. Ainda no mesmo ano, realizei minha primeira prova de 5K e a emoção de cruzar a linha de chegada foi indescritível. E, para a minha surpresa, não consegui mais parar. 

Em 2013, entrei em uma assessoria de corrida no Parque Ibirapuera. Ia três vezes por semana e lá variávamos entre exercícios funcionais e corridas. Conforme fui me envolvendo com a atividade física, me dei conta de que precisava procurar uma nutricionista para me reeducar, afinal, de nada adiantava me dedicar ao esporte e deixar a alimentação de lado. Também passei a incluir a musculação na minha rotina de exercícios para fortalecer o meu corpo e diminuir o risco de lesões. 

No ano seguinte, decidi me dar um novo desafio: correr 10K. Em março, eu completei uma prova de 8K e, em abril, eu e meu marido fizemos juntos os 10K. Recentemente, passei férias no Rio de Janeiro e realizei algo inédito para mim: corri de top! Igual àquelas mulheres que eu vi há anos, quando pensava que jamais seria como elas. Eu me senti realizada. Agora, meu próximo desafio é completar a minha primeira meia maratona (21K).

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Atualmente, estou com 58 quilos e ótima. Não quero emagrecer mais. No começo da semana, eu faço um planejamento e levo sempre minha lancheira com comidinhas rápidas, garrafa de água e tênis no carro. Aprendi que para tudo se dá um jeito. Basta força de vontade. A corrida, cada dia mais, é parte da minha rotina. Tenho certeza de que achei o que realmente me faz feliz e adiciona na minha vida. E confesso: como sem culpa algumas delícias no final de semana. O melhor foi perceber que nunca vou treinar por obrigação e isso me dá prazer em continuar.”

Um passo de cada vez

Início

“No começo, eu saía correndo sem nenhuma orientação. Comecei na estira, ouvindo música e trotando no refrão. Não me preocupava em me alimentar bem, ou seja, meu preparo físico até melhorou, mas o ponteiro da balança não mexia. Não fazia alongamento nem usava tênis específicos – perigoso, pois corri riscos de me machucar.” 

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Agora

“Treino com assessoria de corrida, em média três vezes por semana mais os treinos longos no final de semana, com percursos diversos (subidas, leves, rápidos, trotes e velocidade) e circuito funcional. Trabalho no fortalecimento muscular para evitar lesões e fiz teste de pisada para escolha do tênis ideal para mim. Mantenho uma alimentação balanceada aliada à suplementação (de acordo com orientação da nutricionaista) e, desse jeito, consigo conciliar saúde com boa forma”

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