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O que aprendi na minha primeira aula de hipismo

Nossa estagiária de texto testou uma aula do esporte na Sociedade Hípica Paulista e conta aqui a sua experiência

Por Giulia Granchi
Atualizado em 21 out 2024, 19h24 - Publicado em 6 jul 2016, 16h42

Conhecido por combater a ansiedade, dar autoconfiança e trabalhar músculos do corpo todo, o hipismo, arte desportiva que envolve o cavalo, existe desde a antiguidade.

Preparada para a minha primeira aula – usando botas sem salto, culote, uma camiseta confortável e o colete e capacete emprestados pela hípica – eu imaginava que a experiência não ia ser fácil. A professora Solange Hardt, coordenadora técnica da Sociedade Hípica Paulista, explicou que para iniciar-se no esporte, são essenciais apenas duas coisas: vontade e amor pelos cavalos. Com ela, aprendi os primeiros passos para tornar a minha aula segura e efetiva:

1. Alongamento
Por causa do impacto e do uso de vários músculos, o alongamento é essencial para as amazonas (mulheres que montam à cavalo), e cavaleiros (homens que montam a cavalo). “A maioria das pessoas pula o alongamento, mas ele é muito importante. Mesmo que você não tenha muito tempo, certifique-se de separar alguns minutos para esticar o corpo”, recomenda a professora.

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2. Ritmo e equilíbrio
O cavalo é um ser vivo com vontade. Para a interação funcionar, é preciso que a pessoa que monta e o animal estejam em harmonia. “Por isso que nas competições sempre chamamos de conjunto, nunca é só o cavalo ou só a pessoa que compete. A equitação é uma arte como a dança, você tem que achar o ritmo do cavalo ou ele entrar no seu”, explica Solange. O conjunto não é uma formação instantânea e só pode ser consolidado com o passar do tempo e com os treinos, conforme o atleta se familiariza com o cavalo e vice-versa.

3. Postura

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O modo correto de sentar-se é nos ísquios, ossos que constituem a zona inferior do quadril. O ponto de equilíbrio está no calcanhar, que deve estar sempre para baixo. O segredo não é usar o estribo (apoio dos pés) como apoio único, mas usar a parte interna da coxa, batata da perna para o seu equilíbrio também. Os braços devem ficar semiflexionados, a mão leve e o omoplata para trás.

4. Olhe para frente
Mantenha sua cabeça alta. Quem olha para baixo é o cavalo, e se for um animal treinado, pode confiar, ele sabe para onde está indo.

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5. Rédea curta!
É importante que você não segure a rédea com violência para não estressar o animal, porém, é importante que ele sinta a sua confiança e força para obedecer aos seus comandos.

6. Confiança

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O cavalo sente quando você está insegura e ele pode tomar este sentimento para si, ou tomar proveito da sua falta de experiência.

Após terminar a aula, que durou cerca de 45 minutos, percebi que minhas impressões estavam corretas: o hipismo não é fácil, mas é muito divertido! Quando o cavalo começa a andar, você precisa levantar e abaixar conscientemente (durante o movimento, a professora me aconselhou a segurar na crina para ter um pouco mais de equilíbrio). Quando o animal começa a trotar, o movimento, que já era complicado, fica muito mais difícil.

Também tive dificuldade com o toque dos pés na lateral do animal, para fazê-lo andar. Segundo Solange, o segredo não é força, mas o modo como você bate os pés, enviando o pedido. Como eu não tinha experiência alguma, a égua sentiu-se mais livre para não obedecer meus comandos (os cavalos são animais inteligentíssimos!) e perdi a rédea algumas vezes.

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Veja também: O que aprendi quando comecei a correr

Quando desci da Ofélia, égua que foi usada na minha aula, tudo o que eu queria era fazer carinho nela! Descobri que sou fascinada pelos cavalos e adorei a experiência de montar.

Segundo a professora, em um mês de aula, com duas por semana, já é possível adquirir uma desenvoltura significativa. “É a mesma coisa do que um treino na academia. Se você faz uma vez por semana, na semana seguinte o seu músculo já vai estar muito relaxado e pode ter esquecido o que você aprendeu. Então, você vai ter toda a dor pós-treino de novo.”

Em relação aos músculos, o esporte mexe com o corpo todo, ativando principalmente a região das coxas, panturrilhas, lombar, omoplata e pescoço. Os menos usados são os do abdômen, já que é necessário ter mobilidade para acompanhar os movimentos do cavalo.

Para uma primeira aula, o mais importante é aprender a manter-se em cima do cavalo corretamente, andando a passo e, eventualmente, a trote. Os próximos passos, como aprender a galopar e conhecer melhor o animal vem com o tempo!

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