Mesmo que um trabalho seja desagradável e que você odeie as segundas-feiras, pedir demissão nunca é uma decisão simples. Especialmente se a sua renda é parte essencial do sustento da família e se alguém além de você irá sentir o impacto de ficar desempregado. Contudo, nenhum emprego é mais valioso do que sua integridade física e mental. A partir do momento em que uma dessas duas coisas está ameaçada, é hora de seguir em frente. Sempre há uma nova oportunidade te esperando em algum lugar. “Se você já mudou a rotina, conversou com seu líder, desabafou com os colegas, procurou o RH e nada mudou, é hora de olhar para o mercado. E o ideal é fazer isso antes de chegar ao limite, para que essa decisão possa ser tomada com calma e você não precise ficar desempregado de uma hora para a outra”, ensina Edna Bedani, diretora de conhecimento e aprendizado da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional São Paulo (ABRH-SP).
A especialista explica que, antes de começar a enviar currículos, é necessário olhar para si mesmo e se perguntar porque esse trabalho não deu certo. O problema era só o ambiente ou eu não gostava do que fazia? Do que eu sinto falta? Dessa forma, fica mais difícil cometer os mesmos erros duas vezes e entrar em um ciclo vicioso. “Às vezes, ao fazer essa análise, descobrimos que a demissão era só uma fuga de algum outro problema ou que é necessário passar por uma reorientação de carreira”, conta Jumara Silvia Van De Velde, psicóloga especializada em administração de empresas e membro do Conselho Regional de Psicologia do Estado de São Paulo.