Durante uma conversa na academia do BBB 23, da TV Globo, Marvvila contou para o colega de confinamento Ricardo que nasceu com um dedo extra em cada mão. “Isso aqui é um dedo”, disse ela, mostrando ao biomédico que os dedos nasceram na lateral das mãos, próximos ao dedo mindinho.
De acordo com a cantora, várias pessoas de sua família nasceram com essa condição, que é chamada de polidactilia. “Vamos lá: meu avô, minha mãe, os filhos da minha mãe, a irmã da minha mãe, meus primos, os filhos dos meus primos. Genética fortíssima”, listou.
Comparando os dedos extras das duas mãos, Marvvila relatou que eles eram maiores e que fez um procedimento para removê-los, mas que não ficou totalmente satisfeita com o resultado. “Isso aqui foi o que sobrou, só que ele deixou muito ainda. Se tivesse deixado igual a esse aqui estava bom. Meu irmão agora tirou, dá pra tirar na dermatologista”, falou.
No bate-papo, a ex-The Voice confessou que ainda sente vergonha da condição e que gostaria de ter arrancado o que sobrou do dedo a mais antes de ficar confinada no reality show, mas, segundo ela, não teve tempo.
“Eu morro de vergonha. Em cima da hora eu mandei mensagem pra dermatologista e falei ‘tem como arrancar esse dedinho?’ Aí ela ‘arranco’. Só que não deu tempo, passou assim e eu já tava aqui”, iniciou. “Ah, fazer o que, quando eu sair daqui eu tiro”, finalizou.
O QUE É A POLIDACTILIA?
De acordo com o Dr. Marcus Vinícius, cirurgião plástico e professor do curso de Medicina da Unifran, a polidactilia é uma alteração na qual o indivíduo apresenta um número maior de dedos nas mãos ou nos pés, podendo ser seis ou mais dedos. “Essa condição pode acometer só as mãos e também só os pés”, detalha o especialista.
A doença é causada por uma questão genética. “É uma condição hereditária que surge em diversas gerações de uma mesma família e os pais podem passar para os filhos”, conta o médico.
No entanto, o Dr. Marcus Vinícius conta que esse problema também pode se desenvolver em razão de alterações durante a gravidez, no período de desenvolvimento das mãos e dos membros, mas isso não é tão comum.
TRATAMENTO
De forma geral, é feito um procedimento cirúrgico para a remoção do problema. No entanto, segundo o especialista, o tratamento varia de acordo com questões anatômicas.
“Os dedos a mais podem ter apenas pele e partes moles ou podem ser completamente formados, contendo ossos e articulações. Isso é o que determina o tratamento”, conta.
Para os dedos extras sem formação óssea e articulações, o tratamento é mais simples. Já para os que apresentam essas partes, a intervenção é mais complexa. “Essa articulação pode ser compartilhada com outro dedo considerado normal ou pode ser extra também. Se for uma articulação compartilhada, essa cirurgia é mais complexa do que se ela não for”, descreve o médico.
Na maior parte das vezes, essa condição não atrapalha gravemente a funcionalidade da mão ou do pé, ou seja, não é prejudicial à saúde. Apesar disso, o cirurgião plástico alerta que ela pode trazer um desconforto estético e afetar a autoestima dos indivíduos.