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Segundo especialista, preliminares são essenciais para o orgasmo feminino

Estudos apontam, ainda que 5 a 10% das mulheres nunca atingiram o clímax. Confira os principais tabus sobre as preliminares!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h31 - Publicado em 5 ago 2024, 10h00

De acordo com um compilado de estudos, de 5 a 10% das mulheres nunca tiveram orgasmo, sendo que 59% admitiram já ter fingido. Os dados também mostraram que 18,4% das mulheres atingem o orgasmo durante o sexo apenas com a penetração vaginal, enquanto 81,6% não alcançam o clímax se não houver estímulos e preliminares. Além disso, 95% dos homens geralmente, ou sempre, têm orgasmo durante a atividade sexual, em comparação com apenas 65% das mulheres.

De acordo com Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana), as preliminares são essenciais especialmente para as mulheres.

“Se levarmos em conta que na masturbação a mulher demora, em média, 8 minutos para chegar ao orgasmo, enquanto no sexo a dois o tempo sobe para cerca de 14 minutos, fica fácil entender a importância de preparar corpo e mente para a relação sexual”, ela afirma.

Entretanto, a terapeuta lembra que preliminares não são apenas sobre prazer. “Trata-se também de criar um senso de conexão e intimidade entre os parceiros, o que é fundamental para uma relação saudável e longeva”, ressalta.

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Diante disso, a profissional listou alguns tabus comuns acerca das preliminares e esclareceu cada um deles. Veja a seguir!

Mitos e verdades sobre orgasmo femininos e preliminares

Mito. Segundo Claudia, promover a excitação é um exercício de criatividade que pode ser feito a qualquer hora. Ao longo do dia, o casal pode praticar o “sexting”, trocando mensagens de texto e fotos insinuantes. “Quando estiverem juntos, esbanje sensualidade. Aposte em contatos visuais provocantes, beijos quentes e inesperados, looks sexies, carícias pelo corpo (por cima ou por baixo da roupa) e qualquer outra coisa que desperte o desejo em ambos”, aconselha a terapeuta.

Verdade. Assim como em todas as formas de sexo, as preliminares são igualmente importantes para as homossexuais. “Claro que o prazer sexual é mais compreendido e flui melhor entre duas mulheres, mas, ainda assim, são duas pessoas diferentes, que podem ter gostos e interesses específicos”.

Como exemplo, Claudia cita a ‘tribbing’, uma prática sexual comum entre mulheres homossexuais. “Ela consiste na fricção da região genital nas coxas ou nos quadris da parceira. Entretanto, diferente do que se pensa, não é toda mulher que sente prazer com a técnica. Daí a importância de investir nas preliminares e, para além do clitóris, descobrir os pontos chave da companheira”.

Mito. Segundo Claudia, cada mulher possui sua própria resposta sexual, influenciada por fatores hormonais, externos e emocionais. “Nem sempre a mulher está disposta a grandes performances. Muitas vezes, as ‘rapidinhas’ são mais práticas e dão conta do recado”, ela afirma. No entanto, a especialista alerta para que isso não se torne uma constante. “O risco é grande de o casal se acomodar e não perceber que as relações sexuais estão caindo na rotina. E essa é uma das armadilhas mais silenciosas que resultam no afastamento do casal”.

Verdade. O que vale para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito para outra. Essa é uma oportunidade de falar sobre preferências, desejos e necessidades que podem ou não ser atendidos. Aqui, a flexibilidade se torna um diferencial para que os dois encontrem um meio-termo que funcione mutuamente. “Experimentem diferentes formas de estimulação e descubram o que traz mais prazer para ambos. Ademais, mantenham a comunicação, já que o sexo é uma experiência complexa e cíclica, e os interesses sexuais podem mudar com o tempo.”

Por fim, a profissional ressalta: “O orgasmo é uma consequência dos estímulos sensoriais, sejam físicos, verbais ou visuais. Se você pular essa etapa, a chance de atingi-lo diminui consideravelmente, além de perder a oportunidade de explorar zonas erógenas no seu corpo e de seu parceiro, e de cultivar esses momentos de intimidade cruciais para um relacionamento duradouro”.

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