,Em entrevista ao WowCast, a atriz Grazi Massafera, de 41 anos, revelou que fez o congelamento de óvulos, porém não planeja ter outro filho no momento. “Meus óvulos estão congelados lá. Hoje em dia, eu priorizo uma relação legal, filho eu já tenho”, disse. Ela, que já é mãe de Sofia, de 11 anos, fruto do seu antigo relacionamento com o ator Cauã Reymond, atualmente, namora o modelo Marlon Teixeira.
A famosa também abriu o coração sobre cuidar de uma filha na fase da pré-adolescência. “E agora essa menina está na adolescência, quase. E como é criar um filho na adolescência, no Rio de Janeiro? E eu digo para ela todo dia: quando eu erro, eu erro tentando acertar, mesmo porque, eu nunca tive filho da tua idade. Cada idade tua é nova pra mim, então, eu estou sempre descobrindo ser mãe de você”, destacou.
Confira a entrevista completa:
ATÉ QUANDO É POSSÍVEL ADIAR?
Hoje, Grazi está com 41 anos e é de conhecimento geral que as possibilidades de concepção diminuem com a idade, apresentando uma drástica redução após os 35 anos. Diante disso, apesar do congelamento de óvulos ajudar na preservação da fertilidade em mulheres que querem adiar a gravidez, uma dúvida surge: quais são as chances de sucesso da técnica após os 40 anos?
Segundo o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, tudo depende da idade em que os óvulos foram congelados. “As taxas de sucesso da FIV são determinadas pela idade do óvulo utilizado. Então, mulheres com até 35 anos, se congelarem pelo menos 20 óvulos, têm chances de 80% de conceber pelo menos um filho. Se os mesmos 20 óvulos forem congelados entre os 35 e 37 anos, a chance de gravidez é de 65%. Já se o congelamento desses 20 óvulos for feito entre os 38 e 40 anos, a probabilidade de a mulher ter no mínimo um filho é de 55 a 60%”, conta.
Entretanto, ainda que não exista uma idade exata para que a mulher use os óvulos congelados, o mais recomendado é que isso seja feito antes dos 50 anos. “Após essa idade, os riscos para a gravidez acabam sendo grandes, principalmente por conta de ter pressão alta, diabetes gestacional e parto prematuro. Os riscos para a saúde da mãe acabam sendo maiores e, consequentemente, afetam o desenrolar da gestação, com riscos também para o recém-nascido”, explica o ginecologista obstetra Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.
Além disso, é importante lembrar que, mesmo mulheres com idade avançada que não realizaram o congelamento de óvulos, podem engravidar por meio da fertilização in vitro, uma vez que é possível optar pela ovorecepção. “A ovorecepção consiste no uso de óvulos doados para a realização da FIV. E, ao contrário do que muitos pensam, a gravidez por doação de gametas não reduz o papel de pais do casal receptor, afinal, são eles que garantirão que a criança cresça feliz e saudável. E é fundamental que temas como esses sejam cada vez mais discutidos para conscientizar a população sobre a importância da doação de gametas e para naturalizar a recepção dos óvulos e espermatozoides em tratamentos de fertilidade”, ressalta o Dr. Rodrigo.
Independentemente da escolha pelo congelamento de óvulos próprios ou pela ovorecepção, a FIV é realizada da mesma forma. De acordo com o Dr. Fernando, esse processo se baseia na coleta dos óvulos e espermatozoides para serem fecundados em laboratório, formando o embrião, que, após um certo tempo de desenvolvido, é transferido para o útero da mulher.
Aproximadamente uma semana após essa transferência, um teste é feito para verificar se o embrião está aderido corretamente ao útero. “Um simples exame de sangue, ou mesmo um teste de gravidez caseiro, detectará os níveis de gonadotrofina coriônica humana (HCG), um sinal de que você finalmente está grávida. Com o teste positivo, começa o período final de espera: as 38 semanas até o parto. A partir daqui, a gestação segue normalmente como qualquer outra”, conclui o Dr. Rodrigo Rosa.
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