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3 benefícios da fisioterapia para crianças com autismo

Tratamento é fundamental para apoiá-las no desenvolvimento das habilidades motoras e sensoriais, além de promover a interação social

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h33 - Publicado em 26 jun 2024, 10h00

A fisioterapia é uma ferramenta importante para o cuidado de crianças com autismo, uma vez que o tratamento pode contribuir com o desenvolvimento dos pequenos que estão dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA), estimulando pontos que podem ser desafiadores, como habilidades motoras, sensoriais e interação social.

De acordo com Juliana Bilhar, professora e fisioterapeuta com doutorado e mestrado em Ciências pela USP e especialista em Fisioterapia Neurofuncional, a ajuda da fisioterapia no início da vida do paciente pode beneficiá-lo de várias formas importantes.

“Cada criança é única. Típicas ou atípicas, todas podem apresentar dificuldades no desenvolvimento, e no caso das crianças com TEA, a fisioterapia é fundamental. Uma intervenção precoce pode impactar positivamente no desenvolvimento das habilidades motoras, além das habilidades sociais e de comunicação, promovendo a independência dessas crianças”, explica a profissional.

Segundo ela, as intervenções de fisioterapia para o autismo geralmente envolvem uma combinação de exercícios, atividades e técnicas destinadas a melhorar as habilidades motoras, a integração sensorial e a interação social. “Essas intervenções são adaptadas às necessidades e habilidades específicas de cada criança”, aponta.

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Benefícios da fisioterapia para crianças com autismo

Como explica a especialista, com a fisioterapia, juntamente com outras terapias, as crianças podem experimentar uma série de benefícios que contribuem para o seu desenvolvimento e bem-estar geral. São eles:

Melhora das habilidades motoras

Um dos principais benefícios da fisioterapia para as crianças com autismo é a melhoria das habilidades motoras. Pacientes diagnosticados dentro do espectro podem ter comprometimentos ou dificuldades de desenvolvimento tanto das habilidades motoras grossas (como correr ou pular) quanto das habilidades motoras finas (como escrever à mão ou abotoar uma camisa).

Utilizando técnicas específicas e exercícios para enfrentar esses desafios motores, os fisioterapeutas se concentram em melhorar a coordenação, força, equilíbrio e consciência corporal. Sempre usando atividades divertidas e envolventes, as sessões de fisioterapia buscam ajudar as crianças com autismo a desenvolver e refinar suas habilidades motoras, permitindo que elas participem mais plenamente das atividades diárias em casa, na escola e em atividades recreativas.

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Melhora da integração sensorial

A integração sensorial refere-se à capacidade do cérebro de processar e interpretar informações sensoriais do ambiente. Muitas crianças com autismo apresentam dificuldades de processamento sensorial, podendo ser hipersensíveis ou hipossensíveis a certos estímulos sensoriais.

Em ambos os casos, a fisioterapia, com a utilização de atividades motoras, pode desempenhar um papel importante neste processo de integração sensorial. Os fisioterapeutas, ao agregar estímulos como saltar uma corda, jogar uma bola, pedalar uma bicicleta, apresentam estímulos motores que ativam diferentes sentidos e buscam respostas motoras adequadas. Consequentemente, há integração de vários estímulos que foram apresentados, e a criança responde positivamente com a resolução desses desafios.

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Promoção da interação social

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A interação social pode ser desafiadora para crianças com autismo, pois elas podem ter dificuldades de comunicação e habilidades sociais. Para essa questão, a  fisioterapia pode oferecer oportunidades para interações sociais significativas em um ambiente estruturado e de apoio.

Durante as sessões de fisioterapia, os pacientes podem participar de atividades em grupo ou trabalhar em colaboração com o terapeuta e colegas. “Essas interações promovem a socialização, a comunicação e a cooperação. Os fisioterapeutas também podem incorporar atividades lúdicas que incentivem a alternância, o compartilhamento e a atenção conjunta, promovendo comportamentos sociais positivos”, conclui Juliana.

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