O estresse pode afetar negativamente a saúde bucal, incluindo dentes e também a gengiva. Quando crônico, ele pode contribuir para hábitos prejudiciais, como ranger os dentes e apertá-los de forma excessiva. Como consequência, desgaste dental, sensibilidade, bruxismo e até mesmo fraturas podem acontecer.
Além disso, estudos já constataram que eventos negativos relacionados à vida e fatores psicológicos, por exemplo, estresse, ansiedade, depressão e angústia podem aumentar as chances de doenças periodontais.
Também foi observado que pessoas estressadas têm maior probabilidade de adotar costumes que comprometem as gengivas e os dentes, entre eles, fumar, não realizar o cuidado correto e deixar de fazer o acompanhamento odontológico. “Quando uma pessoa está estressada, ela pode acabar negligenciando sua rotina de escovação e uso de fio dental, agravando condições bucais já existentes”, conta Paola Kerber, gerente e responsável técnica da Yappy.
Outro ponto é que um alto nível de cortisol – hormônio produzido em maior quantidade pelo corpo em momentos de tensão – pode reduzir a imunidade do corpo, tornando-o mais vulnerável aos problemas de saúde. “Ele provoca mudanças no comportamento e também altera o funcionamento do sistema nervoso, endócrino e imunológico, influenciando o resultado de uma terapia periodontal”, explica.
A ulceração aftosa é uma das condições que podem surgir por conta do estresse crônico. Sua manifestação é caracterizada por úlceras solitárias ou múltiplas que surgem na boca e causam dor. “É comum que o aparecimento das feridas coincida com períodos de desequilíbrio emocional”, destaca.
PRÁTICAS DIÁRIAS PARA UMA BOCA SAUDÁVEL
Realizar a escovação dos dentes todos os dias, incluir o uso do fio dental e seguir uma dieta balanceada são cuidados essenciais que não devem ser deixados de lado na rotina. Quando feitos adequadamente, eles ajudam na prevenção contra cáries e outra doenças bucais mais sérias, como periodontite. Em contrapartida, roer as unhas e o tabagismo prejudicam a saúde dos dentes e da boca, devendo ser evitados.
Também é fundamental reconhecer os efeitos do estresse crônico e pensar em estratégias diárias de gerenciamento, entre elas, exercícios de relaxamento e práticas saudáveis.
AJUDA DE PROFISSIONAIS
Contar com um acompanhamento odontológico é indispensável para que a cavidade oral e os dentes sempre fiquem livres de problemas. “As consultas regulares com um dentista são essenciais para monitorar e tratar problemas bucais, sejam eles decorrentes do estresse ou não”, completa.
Vale lembrar ainda que a ajuda de psicólogos também desempenha um papel importante como complemento para o cuidado com a saúde bucal. Isso porque um terapeuta pode auxiliar na identificação e no gerenciamento de fatores que, ocasionalmente, geram impactos na boca.
Corrida e flacidez: o que dizem os dermatologistas sobre os efeitos na pele do rosto
