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Estresse e enxaqueca: nervoso pode ser um gatilho para as dores de cabeça

Costuma sofrer com fortes dores de cabeça, especialmente em dias de muito nervoso? Saiba que o estresse pode desencadear sua enxaqueca

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 5 dez 2023, 10h00

Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu com dores de cabeça depois de passar nervoso em um dia agitado e corrido. Acredite, isso não é uma coincidência qualquer, uma vez que existem uma relação entre estresse e enxaqueca.

Como explica Thais Villa, neurologista,neuropediatra e idealizadora da clínica Headache Center Brasil, a enxaqueca é uma doença crônica caracterizada pela hiperexcitabilidade do cérebro e com predisposição genética.

“A enxaqueca é uma doença crônica que atinge todas as idades, mas tem o ápice entre pessoas de 30 e 50 anos, acometendo, principalmente, as mulheres (devido a questões biológicas e hormonais)”, ela aponta, ressaltando que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de um bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca no mundo.

Sintomas da enxaqueca

“A doença está no cérebro, que comanda o funcionamento de todo o organismo”, afirma Thais. Por esse motivo, o quadro pode gerar uma série de sintomas, como:

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Qual a relação entre estresse e enxaqueca?

Como explica a profissional, pessoas com enxaqueca já têm um cérebro mais excitado. Assim, passar por situações de estresse e preocupações podem piorar um quadro que ela já vive, deixando o cérebro ainda mais em sofrimento.

Como consequência, é comum notar uma presença maior de sintomas, apresentando mais dores de cabeça e os outros fatores citados acima, que podem ser provocados pela doença.

Há tratamentos para o quadro?

“Toda a pessoa com enxaqueca deve procurar por um neurologista especialista e fazer um tratamento da doença, que é complexa e tem muitas repercussões na vida do paciente, inclusive complicações vasculares (como risco aumentado para AVC e infarto), além de perdas na qualidade de vida, como alterações do sono e de humor, tendência à ansiedade, a problemas cognitivos e outras”, afirma Thais.

Por esse motivo, o tratamento deve ser realizado de forma integrada e multidisciplinar, que cuide do quadro como um todo – e não apenas do sintoma da dor de cabeça. “O tratamento individualizado deve combinar terapias com medicamentos de ponta e ajustes no estilo de vida”, finaliza a profissional.

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