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Endometriose pode virar câncer? Médico esclarece

Cólicas menstruais intensas, dor durante a relação sexual e sangramento irregular estão entre os sintomas da endometriose. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h38 - Publicado em 28 mar 2024, 17h30

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cerca de 10% das mulheres sofrem com endometriose. A doença crônica é caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio do lado de fora do útero e pode acometer ovários, tubas uterinas e outros órgãos pélvicos.

Os sintomas mais comuns da endometriose são: dor pélvica persistente, cólicas intensas, sangramento irregular, dispareunia (dor durante a relação sexual), dificuldade para engravidar e fadiga.

Uma das dúvidas mais comuns sobre a condição é se ela pode virar câncer. A seguir, o Dr. Alexandre Silva e Silva, ginecologista e obstetra, esclarece mais detalhes a respeito desse assunto. Veja!

Endometriose pode virar câncer?

A endometriose em si é uma doença benigna e não pode virar câncer. Apesar disso, por ser uma condição inflamatória, o Dr. Alexandre destaca que ela pode sim aumentar ligeiramente as chances de desenvolvimento de certos tumores, especialmente nos ovários.

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Segundo ele, existem estudos científicos que mostram uma maior incidência de câncer de células claras de ovário em pacientes que apresentaram o problema anteriormente.

“Esse risco é analisado pelo profissional caso a caso para determinar a melhor abordagem preventiva de tratamento da endometriose”, explica.

Como tratar endometriose?

O tratamento da endometriose é determinado de acordo com a gravidade do quadro e a condição de saúde da paciente.

“Ele é personalizado para cada mulher, podendo incluir o uso de medicamentos para aliviar a dor e tentar controlar o crescimento do tecido endometrial fora do útero. Além disso, a terapia hormonal pode ser usada para diminuir o crescimento do tecido endometrial e interromper a menstruação”, resume o médico.

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É importante lembrar que apenas a cirurgia é capaz de remover completamente as lesões e restaurar a anatomia do aparelho reprodutor feminino.

Em casos mais avançados e graves, a histerectomia, intervenção que envolve a remoção completa do útero, pode ser indicada, porém ela é considerada o último recurso para tratar o problema.

“Retirar o útero não é tratamento para a endometriose! A doença deve ser tratada através da identificação detalhada das lesões, permitindo uma busca ativa das mesmas durante a cirurgia para a sua completa remoção”, conclui.

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