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DIU e gravidez: é possível engravidar usando um dispositivo intra-uterino?

A possibilidade é muito baixa, mas é possível que a gravidez ocorra mesmo que a mulher use um DIU de cobre ou hormonal

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h30 - Publicado em 18 dez 2021, 08h00

Com tantos métodos anticoncepcionais disponíveis, é difícil escolher qual o melhor ou mais eficiente, segundo as necessidades de cada mulher. Mas a verdade é que mesmo protegida, o receio da gravidez ainda existe. Por isso, conversamos com a Dra. Stephanie Chagas Feitosa, ginecologista e obstetra da Cia da Consulta, para tirar todas as dúvidas sobre esse respeito em relação ao DIU. 

O que é e para que serve o DIU? 

“O DIU é um método contraceptivo eficaz de longa duração”, explica ela. “Pode ser não hormonal (de cobre ou cobre + prata) ou hormonal, que serve também para tratamento de doenças ginecológicas como mioma, adenomiose e endometriose”. 

No organismo, o DIU dificulta a subida do espermatozoide até a tuba uterina. O DIU de cobre, por exemplo, tem ação espermicida, ou seja, destrói os espermatozoides. Já o DIU com o hormônio libera a progesterona no útero gradualmente, por cinco anos, em pequenas doses, alterando a secreção do colo uterino, impedindo e dificultando a penetração dos espermatozoides. 

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É possível engravidar usando DIU? 

A resposta mais curta para essa pergunta é: sim, afinal, nenhum método oferece 100% de garantia contra a gravidez – nem mesmo a camisinha. “Uma vez que o espermatozoide consiga ascender até a tuba uterina e o zigoto formado consiga fixar dentro do útero, é possível que a gestação aconteça. Mas é importante saber que, se posicionado corretamente, é bem difícil que isso ocorra”, explica a médica. 

O DIU de cobre tem uma taxa de falhas de 0,6%, isto é, 6 a cada 1000 mulheres por ano engravidam no uso correto desse método. Para o DIU hormonal, esse número é ainda menor: 0,2%, ou seja, 2 em cada 1000 mulheres engravidam a cada ano, mesmo usando o DIU hormonal. 

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“Essa taxa é inclusive mais segura que a da laqueadura tubária, que, no período de 1 ano, tem a taxa de falha de 5 a cada 1000 mulheres engravidando, apesar de sua realização”, diz. 

Ainda, assim, na remota chance de que a gravidez aconteça, é preciso seguir o próximo passo: decidir o que fazer com o dispositivo, dependendo da localização em que o ovo/zigoto se fixou na cavidade uterina. 

“Uma vez que haja risco, opta-se por não fazer a retirada do dispositivo, porém, a gestação terá um risco aumentado de aborto em 50%”, conta a médica. “Sendo possível fazer a retirada, o risco se iguala a das não usuárias do DIU. É importante salientar que o DIU não aumenta o risco de malformações fetais”, finaliza.

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