Diabetes: atividade física ajuda na prevenção e no controle da doença
No Dia Mundial do Diabetes, entenda o papel do exercício físico regular e da alimentação equilibrada para a prevenção e para o controle do problema
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, nos últimos dez anos ocorreu um aumento de 26,61% no número de pacientes com a doença no Brasil.
A estimativa da incidência da condição em 2030 é de alcançar o número de 21,5 milhões de brasileiros e 643 milhões de indivíduos em todo o mundo.
O Brasil é o 5º no ranking mundial, sendo que tem 16,8 milhões de adultos (20 a 79 anos) diagnosticados com a doença, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes. O país fica atrás da China, da Índia, dos Estados Unidos e do Paquistão.
O Dia Mundial do Diabetes enfatiza a importância dos cuidados para evitar o distúrbio, especialmente no Brasil, onde há uma alta incidência de casos.
Caracterizada pelo aumento de glicose no sangue, o diabetes é uma doença metabólica e crônica que tem uma prevalência crescente em todo mundo em razão de uma interação de fatores relacionados, por exemplo, aos maus hábitos da vida moderna.
O distúrbio acontece quando o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo.
Responsável por 90% dos casos, o tipo 2 é a versão mais prevalente e, normalmente, acomete pessoas acima dos 50 anos.
Quais são os sintomas?
Por ser uma doença silenciosa e, muitas vezes, assintomática, a patologia pode demorar anos para ser descoberta. No entanto, alguns sinais podem ser percebidos.
Além da difícil cicatrização, o diabetes se manifesta por meio de sintomas como infecções frequentes, alterações de visão (vista embaçada), formigamento nos membros, fome frequente, vontade de urinar várias vezes ao dia e sede constante.
Como é feito o tratamento?
Para tratar esta doença crônica, a atividade física e alimentação são grandes aliadas. Porém, o tratamento também pode envolver medicações e aplicação de insulina.
Como prevenir e combater o problema?
A causa do diabetes tipos 2 tem ligação com uma alimentação rica em carboidratos e com o sedentarismo. Por essa razão, o profissional de educação física Aurélio Alfieri destaca a importância de se exercitar de forma regular para evitar e para controlar o problema.
“Tanto para evitar a doença, como para o controle dela, um pouco de atividade física diária é fundamental e pode salvar vidas. O que se entende por isso é qualquer atividade que faça a pessoa se sentir levemente ofegante”, afirma Aurélio Alfieri, que também é youtuber e influenciador digital.
Segundo ele, o indivíduo não precisa necessariamente frequentar uma academia e fazer ciclos pesados de exercícios para prevenir a patologia.
“Tarefas simples do dia a dia, como subir as escadas do prédio, caminhar dentro do local de trabalho ou enquanto realiza uma limpeza em casa, isso tudo conta”, destaca o profissional.
Alfieri alerta que os pacientes diagnosticados com o diabetes devem evitar atividades com impacto.
Além disso, é preciso ter uma atenção redobrada com os pés, pois, caso a pessoa apresente rachaduras, calos ou outras feridas, o esforço pode gerar consequências graves em razão da dificuldade de cicatrização dos diabéticos.
“Por isso, são recomendados os exercícios de baixa a média intensidade, como caminhada, pedalada ou natação”, conta.
A intensidade dos movimentos deve variar de acordo com cada indivíduo. “O que pode levar uma pessoa a ficar ofegante pode ser insuficiente para outra e vice-versa, levando-se em consideração características como peso, faixa etária e condicionamento físico de cada um”, fala.
Em relação ao tempo, o profissional de educação física faz uma recomendação baseada em dados da Organização Mundial da Saúde: de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana para os adultos.
A alimentação saudável também deve estar em conjunto com a atividade física para a prevenção e para o controle do diabetes.
“O ideal é que seja uma alimentação equilibrada e com menos teor de açúcares, assim como carboidratos em menor quantidade, de preferência sob orientação de um profissional da área de nutrição”, finaliza Alfieri.