Parece que os problemas relacionados a determinadas vitaminas aparecem só no futuro, quando envelhecemos. Pegue a vitamina D, por exemplo. A curto prazo, a sua deficiência parece não ter qualquer efeito no corpo humano, que sofre com as decorrências disso só lá na frente, com o desenvolvimento da osteoporose. Mas – você acertou! – isso não acontece exatamente assim. Vamos entender o porquê?
O QUE É A VITAMINA D?
Já comentamos sobre esse assunto em outro texto, relacionando a vitamina D com o COVID-19, mas é sempre bom lembrar: a vitamina D é um hormônio chave na regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo, e tem um papel fundamental no nosso desenvolvimento ósseo, especialmente durante a infância, quando podem ocorrer o raquitismo nutricional e a aquisição de massa óssea prejudicada.
O QUE ACONTECE QUANDO FALTA VITAMINA D?
“A deficiência de vitamina D afeta não apenas a saúde musculoesquelética, mas também favorece uma grande quantidade de doenças agudas e crônicas, como risco de problemas dentários (doença periodontal, cárie dentária e perda de dentes), diabetes mellitus tipo II, doenças cardiovasculares, baixa imunidade e doença neuro musculoesquelética”, explica a nutricionista Adriana Stavro. “Idosos com hipovitaminose D apresentam risco aumentado de quedas e fraturas, osteoporose, hiperparatireoidismo, função cognitiva prejudicada e depressão.”
COMO SABER SE ESTOU COM FALTA DE VITAMINA D?
Diante dessas possibilidades, é interessante prestar atenção no próprio corpo caso os sinais de falta de vitamina D comecem a surgir. E, sim, é possível percebê-los a curto prazo, apesar de os seus sintomas serem mais sutis. Por isso, vale a pena contar com uma avaliação anual dos seus níveis séricos com o acompanhamento de um especialista.
Ainda assim, os principais sinais de hipovitaminose D são:
- Infecções frequentes do trato respiratório, como resfriados, bronquite e pneumonia;
- Estresse, depressão e insônia;
- Fadiga, cansaço;
- Cicatrização lenta;
- Perda de cabelo;
- Dores musculares;
- Aumento de peso.
COMO TRATAR E EVITAR A DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D?
O tratamento da hipovitaminose D é, geralmente, feito com a suplementação adequada – e só um médico ou nutricionista pode prescrevê-la com a dosagem correta.
“Além disso, é indicado aumentar a sua exposição ao sol e comer mais alimentos fontes, como peixes, laticínios e ovos”, explica a nutricionista. Esse, aliás, é um importante ponto de atenção: o corpo humano costuma adquirir uma quantidade significativa de vitamina D por síntese cutânea sob a ação de luz solar, e em menor quantidade através de fontes nutricionais.
Ou seja: priorize a exposição segura ao sol e complemente esse hábito com alguns alimentos ricos em vitamina D, como:
- Leite de vaca;
- Carne de poco;
- Bife de fígado;
- Bacalhau, cação;
- Gema de ovo.