O mês de fevereiro chegou e, com ele, uma das festas mais aguardadas por grande parte dos brasileiros, o Carnaval. Nesta época, os foliões preparam fantasias, maquiagens e vários outros adereços para aproveitar os bloquinhos de rua e os desfiles, porém, é importante lembrar também dos cuidados com a saúde, especialmente dos olhos, durante o feriado. Afinal, horas sob o sol, glitters, cílios postiços, confetes, sprays são apenas algumas das coisas que podem colocar em risco a integridade ocular no Carnaval.
A seguir, o Dr. Francisco Irochima, oftalmologista e consultor da HOYA Vision Care, revela o que devemos fazer para manter os olhos em segurança mesmo em meio à agitação da folia. Confira!
CUIDADOS COM OS OLHOS NO CARNAVAL
Como muitas celebrações ocorrem em ambientes a céu aberto, é fundamental usar bom óculos de sol ou lentes fotossensíveis, além de protetores solares apropriados para o rosto, pois isso evita que o produto, ao escorrer com o suor, cause vermelhidões nos olhos.
Para lubrificar e evitar o ressecamento dos olhos, que pode ser provocado pelas altas temperaturas, o médico também recomenda investir em lágrimas artificiais. No entanto, é importante ressaltar que esses produtos devem ser utilizados de acordo com as orientações de um oftalmologista, pois o profissional pode orientar sobre a frequência de uso, por exemplo.
Nas festas, é comum que as pessoas se divirtam usando confetes, serpentinas ou espumas. “É preciso tomar cuidado para que eles não caiam nos olhos. Isso porque os produtos podem gerar lesões na córnea, irritação e outras alergias”, lembra o Dr. Francisco.
As maquiagens, também muito usadas neste período, são um ponto que merecem atenção. Higienizar as mãos, pincéis e aplicadores antes do uso, escolher produtos dermatologicamente testados e hipoalergênicos, e fazer um teste de alergia são etapas que não podem ser deixadas de lado.
Além disso, o oftalmologista reforça que não é indicado compartilhar produtos, pincéis e aplicadores ou dormir com as pinturas, principalmente na região dos olhos. De acordo com ele, o acúmulo de cosméticos como lápis de olho, delineadores, sombras e máscara para cílios pode obstruir os canais lacrimais, favorecendo inflamações e irritações.
No caso do glitter, o ideal é fazer um teste de alergia um dia antes de utilizá-lo. Para isso, passe um pouco do glitter no seu antebraço e, ao retirar, observe se a pele ficou avermelhada, irritada ou coçando. Se notar alguma dessas reações, não utilize o produto.
É fundamental também se assegurar que o glitter não entrará nos olhos ao preparar o seu visual, já que ele pode desencadear irritações ou até mesmo arranhar a córnea. “Se sentir que o glitter entrou em contato com os olhos, lave bem com água corrente e soro fisiológico. Se apresentar irritação, procure um oftalmologista”, alerta Irochima.
Se for apostar nos cílios postiços, evite adesivos ou supercola, não compartilhe e os higienize após a utilização, para não comprometer a saúde dos seus cílios naturais, que desempenham funções fundamentais, impedindo a entrada de objetos estranhos e protegendo os olhos contra agressões.
Já para quem utiliza lentes de contato, os cuidados devem focar na higienização da lentes antes e após o uso, assim como na lavagem das mãos no momento de colocá-las e removê-las. Irochima ainda destaca que elas não devem ser dividas com outras pessoas, sempre devem ser retiradas antes de dormir e, caso estejam rasgadas ou danificadas, não devem ser colocadas nos olhos.
RISCOS DE DOENÇAS OCULARES
Com o Carnaval, há um aumento no risco de contração de doenças oculares, entre elas, conjuntivite, síndrome do olho seco e ceratite, além de reações alérgicas aos produtos. Por essa razão, fique de olho em qualquer sintoma como irritação, coceira e vermelhidão.
“Não tente solucionar o problema sozinho. A automedicação pode ocasionar em intoxicação e reações alérgicas que podem prejudicar ainda mais os olhos. Caso sinta algum incômodo que afete a visão, consulte um médico oftalmologista. Assim é possível realizar exames para diagnosticar as causas do problema e iniciar o tratamento adequado”, finaliza Irochima.