Cleo: na fase do autocuidado
Capa da Boa Forma de abril, a artista falou sobre como os diagnósticos de tireoidite de Hashimoto e o TDAH mudaram sua relação consigo
“Ressignificar” parece ser uma palavra que surge com certa frequência na vida de Cleo. Há poucos anos, a artista recebeu dois diagnósticos que mudaram (ou esclareceram) algumas coisas em sua vida: tireoidite de Hashimoto e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Enquanto o primeiro quadro a levou a ter uma relação mais equilibrada com os alimentos, o segundo resultou na busca por se conhecer e se entender melhor. De lá para cá, o resultado tem sido positivo: uma vida mais saudável, com mais autocuidado e com um olhar mais carinhoso para si mesma.
“Comecei a ver que, quando me alimento bem, a maior beneficiária disso é a minha cabeça. Treinar também é imprescindível para minha mente. Faço essas coisas como forma de tratamento. Não é só remédio, só terapia… São mudanças de hábitos, treino, alimentação saudável, ter algum tipo de rotina”, disse a atriz e cantora.
“Com essa evolução de ser mais gentil comigo e querer cuidar mais de mim, fiquei bem agarrada nessas estratégias”, completou.
A seguir, você confere a entrevista completa com Cleo!
“Às vezes engordo, às vezes emagreço. O que muda tudo é o interesse das pessoas nisso”
Vamos tirar isso logo do caminho: ao longo dos últimos anos você passou por uma série de mudanças físicas. Foi um processo natural perder e ganhar peso?
Eu sempre tive compulsão alimentar, e quando era mais nova conseguia controlar através de dietas mais restritivas. Mas quando eu comecei a entender que as dietas não eram boas para mim, comecei a tentar tratar a compulsão, para ter uma relação normal com a comida. Tem dado certo. Mas é normal: às vezes eu engordo, às vezes emagreço. O que muda tudo é o interesse das pessoas nisso, mas eu tento não me relacionar com isso.
De fato, essas mudanças chamaram muito atenção das pessoas, especialmente nas redes sociais. Você passou a representar mulheres com outros corpos. Como foi essa troca?
Quando engordei, ao invés de me esconder, eu me mostrei mais ainda, então muitas mulheres se sentiram representadas por isso. Mas aí, quando emagreci, muitas dessas pessoas que se identificaram comigo e ficaram felizes pela minha atitude de não me esconder, se sentiram traídas por perder peso. É complicado agradar todo mundo através do seu corpo. Do meu corpo. É o MEU corpo. Ele vai agir de acordo com o jeito que eu estou cuidando dele, ninguém tem nada a ver com isso. É muito chato as pessoas ficarem falando das suas mudanças, achando que são donas de você, que você não pode mudar e que você tem que ser sempre a mesma pessoa.
Como você lidou com as críticas?
Quando engordei, eu bati mais de frente. Depois que vi que não era sobre mim, era sobre a expectativa e as frustrações das pessoas, eu abri mão disso, não quis mais ter que ficar lidando. Dói muito quando você entende que o seu corpo não é mais seu, vira uma coisa para as pessoas usarem contra você. Então eu preferi não me meter mais nesse tipo de coisa.
Sua relação consigo mudou com o passar dos anos?
Com certeza. Comecei a gostar mais de mim com o tempo. Acho que naturalmente quando você gosta de alguém, ainda sendo você essa pessoa, você começa a cuidar mais, a se olhar com mais carinho, a ser mais gentil também. Tudo isso melhorou muito com a idade.
Qual sua relação com exercícios físicos e alimentação?
Eu comecei a levar a sério esses cuidados porque eram cuidados para minha cabeça. Comecei a ver que quando como coisas que são nutritivas e saudáveis para o meu corpo, a maior beneficiária disso é a minha cabeça. Treinar também é imprescindível para minha cabeça. Eu tenho TDAH, então preciso fazer essas coisas como forma de tratamento. Não é só remédio, só terapia… São mudanças de hábitos, treino, alimentação saudável, algum tipo de rotina. Eu comecei a entender perto dos 40, descobrindo o diagnóstico do TDAH, que essas coisas, além de serem boas para o meu problema de tireoidite de Hashimoto, também eram boas para o TDAH. Com essa evolução de eu ser mais gentil comigo e querer cuidar mais de mim, fiquei bem agarrada nessas estratégias. Mas, ao mesmo tempo, eu não sou muito boa com disciplina, então tem fases que eu largo mão, tem outras que eu estou mais firme… São fases, a vida é feita de fases.
“Meu diagnóstico foi um divisor de águas para meu autoconhecimento”
Como foi descobrir o TDAH na fase adulta?
Mudou a minha vida. Foi realmente um divisor de águas nos termos de autoconhecimento, de entender certas coisas, de me abraçar, me acolher, entender que muitas coisas podiam ter sido diferentes e que não é culpa minha. Não é culpa de ninguém. Era uma outra época, não se falava dessas coisas. Você tinha que ser alguém muito inteirado no meio da psicologia e dos transtornos dos cérebros atípicos para entender que um diagnóstico poderia ser uma coisa saudável. Muita gente é contra o diagnóstico porque acha que a pessoa vai se definir a partir dele. Mas é importante. Quando você sabe que seu cérebro é atípico, que você pensa diferente, que as coisas são diferentes com você, é importante ter um diagnóstico para ter seu chão, para você ter como se compreender. Então, para mim, mudou minha vida. Foi maravilhoso receber esse diagnóstico.
Quanto à saúde mental, você também tem cuidados específicos?
Eu faço terapia. Tenho um psiquiatra e uma terapeuta. Estava fazendo terapia duas vezes por semana, aí passei a uma vez por semana e agora estou de 15 em 15 dias. Tomo remédio também, mas é tudo com médico. E aí tem o treino, a melhoria de hábitos em termos de sono e alimentação, relacionamentos, expectativas, a forma de ver o mundo… Tudo isso, através da terapia e da mudança de hábitos, vai mudando aos poucos e vai realmente trazendo mais estabilidade para minha vida.
O que te leva a um estado de bem-estar?
O principal é eu me amar, entender que vou precisar de treino, vou precisar me alimentar bem e vou precisar cuidar da minha compulsão [alimentar] para poder ficar bem. Isso é o primordial para mim. Depois, ter uma rede de apoio não só dos meus médicos, mas pessoas que estão no meu dia a dia, que são importantes para mim e que entendem que eu não vou só treinar porque me dá endorfina ou não vou me alimentar de forma saudável porque quero emagrecer, mas sim porque são coisas que eu preciso para minha funcionalidade, para eu poder estar estável, estar bem. Então as pessoas que estão ao meu redor precisam entender isso e me ajudar nisso. Principalmente no meu caso, que foi descoberto o TDAH já adulta, com quase 40 anos. Eu perguntei para o meu médico como que consegui chegar a algum lugar bom e saudável sem ter tido um diagnóstico e um tratamento para isso, e ele falou: “Porque você teve muita automotivação”. E isso acontece com o TDAH. Esse excesso de fluxo de energia muitas vezes te dá automotivação e você consegue chegar a lugares incríveis sem tratamento, sendo que você precisaria de tratamento para chegar de forma mais saudável. Mas chega uma hora que você já usou tanto do que tinha de reserva, que você “pifa”. Você não tem mais [energia], então é difícil para mim hoje em dia ter essa automotivação. Eu preciso realmente estar cercada por pessoas que incitem o que é bom para mim, isso é uma coisa que me ajuda muito.
Como você é em relação a autoestima? Sente que a maturidade também melhorou isso?
Nossa, mudou demais. Eu era muito impulsiva, que tem a ver com TDAH também. Eu estou aprendendo a ter domínio sobre essa impulsividade, mas ela me fazia muitas vezes não olhar para dentro e chegar a uma atitude que não era o melhor para mim. Com o tempo, com o tratamento e com o autoconhecimento, você desenvolve ferramentas a seu favor e a favor dos outros – suas relações melhoram. Então eu estou internamente sempre nessa busca.
Você considera que você está no seu melhor momento internamente?
De todos que eu já tive, sim. Mas quero que os futuros momentos sejam melhores ainda [risos].
“Entender a comida como uma coisa que não seria uma válvula de escape foi sofrido”
Você descobriu o diagnóstico da tireoidite de Hashimoto na pandemia. O que mudou na sua vida de lá para cá?
Eu já tinha ouvido falar em diagnósticos onde as pessoas tinham que controlar a alimentação e sempre falava: “Nossa, ainda bem que não tenho nada disso, porque não vai ter como eu controlar minha alimentação”. Era o que eu pensava. Então quando recebi o diagnóstico da Hashimoto e [soube] que o controle da alimentação era uma coisa muito importante no meu caso, fiquei revoltada e comecei a chafurdar no que não devia mesmo, comer só coisa que me fazia mal. Foi a minha impulsividade que me levou para esse lugar. E aí que fui entendendo que isso não ia adiantar de nada, que só ia me fazer mal e que eu, de fato, ia ter que mudar algo em mim que achei que nunca fosse ter que mexer, porque a comida sempre foi minha válvula de escape. Aí entender a comida como uma coisa que não seria uma válvula de escape foi sofrido, foi difícil demais, mas foi e é ainda uma transformação que me faz muito bem, que me dá mais energia. Meus pensamentos ficam mais positivos, de melhor qualidade, meu sono melhora, tudo melhor para mim. Foi muito difícil na época. Lembro de ter momentos na época que eu achava que não ia conseguir, mas hoje em dia eu fico feliz de ter conseguido passar por isso.
Por conta das restrições, você tem o habito de cozinhar?
Não, eu tenho uma pessoa que faz essas coisas para mim, que cuida da minha casa e que me ajuda nessas partes domésticas. O Leandro [D’Lucca, seu marido] é muito bom na cozinha também, ele me ajuda bastante! [risos] Mas não tenho horários fixos, porque entendi que minha rotina não vai ser bonitinha de acordar todo dia no mesmo horário, treinar no mesmo horário, comer no mesmo horário. Então tem coisas que faço que me ajudam muito, como o jejum. Eu adoro fazer jejum intermitente, é uma coisa muito boa para minha cabeça e meu organismo. Faço entre 14 e 18 horas, 20 quando consigo, mas não todo dia. Faço de três a cinco vezes por semana. Gosto de comer no máximo duas vezes no dia, e pratos nutritivos: ovo, arroz, feijão e salada. Salada é uma coisa muito importante para mim, porque não gosto muito de comer, então tenho que criar estratégias. Gosto de misturar na comida quente, cortar e botar uma farofinha, que aí fica crocante. Faço um pratão desse e, se sentir fome de novo e quiser comer alguma coisa, como uma fruta ou uma torrada sem glúten com ovo. Essas são as minhas estratégias, que me fazem bem. Essa coisa de ter uma rotina muito certinha é difícil para o meu lifestyle.
Você tem acompanhamento com algum profissional para se alimentar?
Tenho o meu médico nutrólogo, Fernando Filho, que foi inclusive o cara que me apoiou para ter coragem de me mexer. Porque como eu tinha muita compulsão, ele falou: “Olha, vamos precisar fazer um ataque de choque na sua cabeça. Então preciso que você fique 15 dias sem comer besteira”. Tem gente que fala que 15 dias não é nada, mas para mim era o fim do mundo. 15 dias, na pandemia, onde eu conseguia fazer uma rotina bonitinha – e isso me ajudou muito. Ele foi o cara que sempre esteve do meu lado quando desandava, quando eu estava bem… Confio muito nele. Tenho muitas pessoas que me acompanham. Tenho nutrólogo, clínico geral, ginecologista, psiquiatra, terapeuta… Costumo dizer que peço ajuda de todos os lugares que eu posso. Infelizmente não é um acesso que todas as pessoas possam ter. Mas, no meu caso, graças a Deus tive esses acessos e me ajudaram muito. Foram imprescindíveis para eu poder ter essa evolução comigo mesma, de manifestar esse autoamor e esse autocuidado. Esse apoio dos médicos me ajudou muito. Eu tenho hipersensibilidade, que dizem que também é uma coisa do TDAH, então a espiritualidade é uma coisa que também me ajuda muito. Achar um lugar que fale a sua língua e que te ajude a cuidar da sua energia do que é invisível, é muito importante.
Como é sua relação com a espiritualidade? Você segue alguma religião?
Eu sempre estive em busca. Já passei pelo candomblé quando era mais nova e estou no candomblé novamente. Gosto muito do candomblé, me identifico muito, me sinto muito bem cuidada e protegida. Mas também gosto muito da cabala, estudei muito uma época e quero voltar a estudar. Também passei pelo espiritismo, foi muito bom para mim. Acho que tudo é uma busca e pode ter vários lugares que você gosta, você não precisa ter um só.
“Eu adoro tratamentos estéticos. Sou super a favor da tecnologia para cuidar da gente.”
Você mantém uma rotina de cuidados de beleza?
Tenho um dermato, que é o doutor Tiago Cunha. Tenho melasma, então tenho cuidados bem específicos: coisas para usar e tipos de laser que às vezes vão piorar ou melhorar o melasma. Então tenho um acompanhamento bem legal com isso também. Como eu disse, a disciplina não é o meu maior forte, mas tento fazer toda noite meu skincare – mas não consigo toda noite [risos]. Faço para manter minhas manchas cada vez mais clarinhas, minha pele mais uniforme, os poros mais fechadinhos… Gosto de cuidar da pele, do corpo, da cabeça. Eu acho que é um conjunto, é uma coisa holística.
Você curte procedimentos estéticos? Já fez?
Eu gosto e já fiz. Gosto de certos preenchimentos. Acho que talvez isso tenha ficado um pouco banalizado, mas eu já preenchi esse triângulo da olheira e adorei o resultado. Já fiz hidratação injetável no rosto também. Gosto muito de injeção de colágeno, mas não no rosto, porque sinto que preenche um pouco e eu já tenho uma cara meio grande, então acho que não daria muito certo. Mas no corpo, no pescoço… Eu adoro tratamentos estéticos. Tem vários lasers que eu adoro, como ultraformer, ultraformer MPT, liftera… Adoro. Sou super a favor da tecnologia para cuidar da gente.
“Eu tenho noção e gratidão pelo meu caminho, pela forma como as coisas aconteceram”
O processo de criação de “Dark Pop” [seu primeiro álbum] foi como um desabafo para você?
Ele foi uma forma de eu poder falar sobre coisas que não conseguia falar com muitas pessoas, pessoas que estavam ao meu redor e que a dinâmica do relacionamento era muito difícil e tóxica. Tive isso algumas vezes na minha vida e sinto que a arte permite eu me expressar. Tenho a sorte de poder ser artista, porque além de me dar meu sustento, a arte também me permite me expressar, me permite poder compartilhar com o mundo o que eu penso, o que sinto e o que passo. Isso é saudável para mim.
O “Dark Pop” te abriu um caminho para poder seguir para um segundo álbum com uma temática um pouco mais leve, mais romântica?
Como você sabe disso? [risos]. Estou chocada, é total isso! Eu estava conversando isso esses dias com a minha equipe, falando que eu sabia que o “Dark Pop” é uma temática difícil de ser digerida. As pessoas não querem muito [essas temáticas], eu entendo. Mas, para mim, era muito importante, até para eu poder seguir por um lado meu que adoro, que é mais romântico, que quer ver o bom da vida, sem ter “Poliana”. A vida tem um lado tão gostoso, divertido, mágico. É tão mágico existir. E eu estou nessa fase realmente de olhar para o lado bom das coisas e falar: “Cara, vou curtir o que estão me dando de bom”. O que estão me dando de ruim não faz parte.
Você já “passeou” por algumas áreas da arte. Sempre foi algo que você quis para sua vida?
Sempre quis ser bem-sucedida, reconhecida, mas nunca gostei da fama, não era algo que eu queria. Então eu relutava com essa coisa de ser artista, porque eu pensava: “Bom, se eu quiser sucesso e reconhecimento, vou ter que ter fama”. Não tem muito como separar essas coisas, então eu ficava nessa disputa comigo mesma, nessa luta. Era até uma coisa controversa dentro de mim mesma. Mas acho que quando você deseja muito uma coisa, chega uma hora que o desejo fala mais alto que o medo. Eu realmente fui muito privilegiada. Tive muita sorte também. Não tirando o meu mérito, mas a gente sabe que as coisas não acontecem só por causa do nosso mérito. A gente tem sorte, tem muitas vezes privilégios que nos ajudam a chegar onde queremos, e eu tenho noção e gratidão pelo meu caminho, pela forma como as coisas aconteceram. Não tive que passar por várias coisas muito difíceis que às vezes algumas pessoas têm que passar, e eu tenho noção disso. E, ao mesmo tempo, foi muito mágico, muito lindo.
“É um saco ter que ficar desmentindo, explicando, justificando a sua vida”
Você vem de uma família de artistas, então já sabia desde criança qual era o “preço” da fama. Por isso o “medo”?
Por isso mesmo! [risos] Eu via meus pais não podendo ir a certos lugares, não podendo curtir os filhos deles talvez como eles gostariam… A perda da privacidade, as fofocas a nível nacional com seu nome e muitas vezes você não tinha nada a ver com aquilo que estava sendo dito, a especulação das pessoas sobre sua vida, seus motivos, seus desejos, seus caminhos e seus resultados… Nada disso me interessava.
E hoje em dia, com os artistas podendo falar, se posicionar e responder mais, você acha que a postura mudou quanto a fama?
A internet nos deu muitas coisas boas e muitas coisas ruins. Mas uma das coisas boas é que ela deu para as pessoas o controle de narrativa, que era uma coisa que as pessoas famosas tinham muito pouco. A gente dependia da imprensa para isso e, muitas vezes, ela também jogava junto com o imaginário coletivo e contra as pessoas que a própria imprensa usava para gerar as fofocas, as conversas. Então a gente não tinha muito em quem confiar, não tinha essa voz e a internet deu isso para a gente. Então, por um lado, melhorou nesse quesito. É que é um saco ter que ficar desmentindo, explicando, justificando a sua vida, sendo que muitas vezes você não tem nada a ver com que estão falando ali de você. Mas, de fato, pelo menos a gente tem essa ferramenta. Eu tenho 40 anos hoje, e comecei [como artista] aos 19, então aprendi muita coisa. Aprendi a lidar de algumas formas mais saudáveis com a fama. Sou muito grata por muitas coisas e acho que o sentimento da gratidão me traz mais paz.
Seus pais te deram suporte e ajudaram a lidar com a fama por já terem passado por isso antes de você?
Eles me deram suporte em muita coisa. Acho que esse é um dos lugares, onde eles tentaram, mas também estava difícil para eles [risos].
“Agora a gente está vivendo, deixando as coisas rolarem, sem data”
Você pode compartilhar com a gente quais sonhos você ainda deseja realizar em sua vida?
Nossa, são muitos. Eu ainda quero ter filhos, quero ter um ponto de apoio fora do Brasil, quero poder levar meu trabalho para fora do Brasil também. Quero ver meus negócios bombando como empresária, poder me conectar melhor com as pessoas… Quero tanta coisa, mulher! [risos]
Sobre o sonho de ser mãe, você se planejou quando mais nova para ter filhos no futuro?
Tenho óvulos congelados, mas é complexo, porque o ideal é você ter embrião e aí a natureza não foi muito justa com a gente, né? A gente só produz esses óvulos até certa idade e aí pode ser que você não ache uma pessoa que você queira dividir esse momento até sei lá quantos anos. Acho que é importante, se você puder congelar os seus óvulos, congelar embriões… Eu tenho óvulos congelados porque até então eu não tinha achado uma pessoa que eu confiasse bastante e quisesse dividir essa parte da minha vida. No meu romantismo eu achava que sim, mas depois o tempo ia passando e eu via que não. Então congelei os óvulos. Mas agora a gente está vivendo, deixando as coisas rolarem, sem data.
Foto: Leandro Franco
Assistente de Foto: Guilherme Simon
Make: Branca Moura
Styling: Joana Wood
Direção criativa: Fhilipe Ribeiro
Produção executiva: Beatrix Bortolai
Assessoria de Imprensa: Melina Tavares Comunicação