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Yoga com propósito, por Daniela Mattos

Daniela Mattos encontrou na prática de Kundalini Yoga um caminho para a cura e sua verdadeira missão de vida. É autora do livro 'Sat Nam — Você É Seu Próprio Guru'.
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Reflexões sobre o ano de 2021

Por Daniela Mattos
Atualizado em 21 out 2024, 22h27 - Publicado em 30 dez 2021, 13h25
2021
Vamos olhar para trás e ver como avançamos? (cottonbro/Pexels)
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O ano de 2021 está chegando ao fim e durante esse período refletimos sobre uma série de coisas, como a importância da resiliência para a adaptação e a aceitação da nova realidade diante da maior crise sanitária do século, além da mudança de mindset. Mas mudar a forma de pensar e agir exige cuidados e só é possível a partir do momento em que decidimos abraçar os desafios que aparecem em nosso caminho, ao mesmo tempo em que assumimos riscos e aprendemos com os nossos erros. Um desafio e tanto, e que nos faz perceber que é preciso, primeiramente, estar aberto às pequenas transformações em nosso dia a dia, muitas delas tão necessárias para a reflexão e o exercício da tomada de consciência.

Não há dúvida de que os próximos anos serão de muitas transformações para a humanidade, que já busca se conectar com o nível de consciência como nunca visto antes. O futuro exigirá recriar soluções e reinventar caminhos para fazermos o que for melhor para a maioria das pessoas, sempre com base no diálogo e em condições que priorizem os aspectos humanitários e a igualdade. Mas é a partir de pequenos atos e detalhes que poderemos ampliar nossa sensibilidade para o que se faz proeminente nos nossos dias e atingir a tão sonhada felicidade.

Em meu dia a dia, venho percebendo algumas transformações que começam a causar impacto na maneira como venho conduzindo o meu estilo de vida. Pequenas mudanças, mas gigantes se pensarmos que podem surtir efeito em meu bem-estar a longo prazo. O fortalecimento do corpo e da alma, os cuidados demandados com o ambiente onde vivo, são capazes de influir de maneira positiva não só na minha existência, mas também reflete nas pessoas com quem convivo diretamente. Por isso, a alimentação, a utilização de óleos essenciais e o consumo digital equilibrado passaram a demandar cuidados de minha parte. E posso dizer que o resultado tem sido muito gratificante.

ALIMENTAÇÃO

A minha relação com a alimentação passou a ser mais saudável. A partir do conceito de Soberania Alimentar, definido em 2001 durante o Fórum Mundial sobre Soberania Alimentar realizado em Cuba, e que coloca como direito de todos o acesso a alimentos saudáveis, de forma regular e sustentável, e que valoriza a produção e o mercado locais das comunidades, comecei a entender a importância de cultivar os nossos próprios alimentos. Passei a optar por alimentos naturais e integrais, de preferência orgânicos, e não processados. 

Essa tomada de consciência me fez ver o quanto somos dependentes de uma indústria alimentícia que nem sempre oferece alimentos nutritivos. Comecei a perceber os efeitos nocivos que alimentos processados e ultra processados podem provocar no organismo já que a maioria dos conservantes, corantes e sabores artificiais utilizados pela indústria alimentícia podem resultar em efeitos colaterais graves, principalmente em crianças, de acordo com inúmeros estudos publicados. 

O que comemos afeta diretamente o nosso bem-estar físico, mental e espiritual. Assim, sempre que for possível, o melhor é optar pelos alimentos orgânicos, e de preferência comprados na comunidade local. Uma alternativa também é plantar parte dos alimentos que consumimos. Se você tem espaço em sua casa poderia iniciar pelo plantio de ervas e temperos. Aqui em casa comecei cultivando um pequeno jardim de ervas comestíveis. Essa atividade já fez diferença no meu dia a dia.

ÓLEOS ESSENCIAIS

Para ampliar o bem-estar comecei a utilizar os óleos essenciais. Hoje, posso dizer que eles se tornaram aliados para uma série de situações cotidianas, inclusive na substituição do difusor de ambiente, que eu costumava utilizar especialmente no quarto dos meus filhos na hora de dormir. Essa pequena mudança, para um produto mais natural, como o óleo essencial, aconteceu a partir do momento em que percebi uma sintonia maior com meu corpo. Hoje, eu sinto o efeito de tudo o que passo na pele, inspiro ou me alimento. Esse aumento de sensibilidade é natural durante o processo de ascensão, de elevação da consciência. Por isso, além de usar os óleos essenciais para meditar e para dormir, também utilizo na limpeza da casa e nos primeiros socorros, em cortes ou dor de cabeça, por exemplo.

Para a limpeza, os óleos mais indicados são melaleuca e capim limão, que eu também utilizo nas bolas de lã na máquina de secar. Já para primeiros socorros, os mais indicados são os antibacterianos à base de melaleuca, alfazema e copaíba. Já o peppermint pode ser utilizado nas têmporas para aliviar dores de cabeça. Sempre uso nos meus filhos quando eles ficam doentinhos. E para a meditação, para auxiliar no relaxamento e na conexão com o divino, gosto muito do frankincense.

MENOS TEMPO NO CELULAR

Mas nada disso teria sentido sem a redução do número de horas nos meios digitais e do cuidado no consumo de informações. Sabemos que ficar por muito tempo em frente à tela do computador e utilizar o celular constantemente pode fazer mal à saúde. Mas não apenas à saúde física. Por conta de todas as situações delicadas que estamos vivendo nos dias de hoje, a inundação de informações é capaz de drenar a nossa mente. 

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Lembro bem quando o Luigi, meu cãozinho Lagotto Romagnolo, chegou nas nossas vidas. Sempre que eu o levava para caminhar, colocava algo para escutar no celular – podcast, entrevistas, música. Tempos depois, percebi que não estava dando a atenção devida ao Luigi durante nossas caminhadas e decidi que não ouviria mais nada naqueles momentos. Hoje, além de estar mais conectada ao cãozinho, o passeio se tornou um momento de descanso para a minha mente. Resolvi estender esse hábito e não durmo mais com o telefone ao lado. Agora acordo com alarme à moda antiga e tento olhar o celular após a minha sadhana (prática de yoga). Só o fato de diminuir o uso do aparelho nessas duas oportunidades já me fez sentir os benefícios.

Não há como negar a presença da tecnologia nos nossos dias. Mas, como eu já mencionei, me sinto muito melhor após reduzir o uso do celular. É evidente o impacto disso na minha mente. Isso vale para todos nós, principalmente para quem tem filhos pequenos, pois a tecnologia está mudando todos os dias. E agora com o Meta – plataforma de realidade virtual do Facebook – será importante reforçar para os pequenos que este mundo em que vivemos é onde devemos focar. O Meta terá impactos que ainda desconhecemos, mas assim como as mídias sociais precisamos fortalecer o elo dos pequenos com o mundo real pois será difícil para eles diferenciarem os dois mundos (virtual e real).  

MINHA DICA FINAL

Então, aqui vai a minha dica: escolha algumas pequenas atividades do seu dia-a-dia e experimente fazê-las sem o telefone. Você vai notar que depois de uns 15-20 minutos (no meu caso) a mente começa a ficar mais tranquila e mais focada no momento presente. Neste final de ano, faça um balanço de tudo o que você aprendeu. Observe como você cresceu e lembre-se que para cada desafio que você passou existe uma lição. Espero que essas lições inspirem você! Se ficou com alguma dúvida, é só comentar!

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