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Saúde sem estresse, por Regina Chamon

Regina Chamon une a medicina com as práticas de bem-estar para te inspirar a cultivar corpo, mente e coração mais saudáveis
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Seu barco também está à deriva?

Por Regina Chamon
Atualizado em 21 out 2024, 22h27 - Publicado em 31 out 2022, 15h30
Mulher sentada em uma cadeira com as mãos na cabeça
 (Liza Summer/Pexels)
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Esses dias me peguei fora do eixo. Horas de trabalho além do usual, uma frequente sensação de cansaço. Me sentia irritada até em habitar meu próprio corpo. Aos poucos os sentimentos de angústia, frustração e de menos valia foram me ocupando sem que eu conseguisse perceber. Eles são os meus guias de que sai de mim.

Na minha cabeça apenas passava: “Pare de frescura, você precisa terminar essa aula. Não fica com preguicinha não, se comprometeu, agora tem que fazer”.

A vontade de ver as pessoas que eu amo foi escorrendo pelos dedos. Se eu pudesse apenas deitar e descansar um pouquinho… Sem me dar conta fui deixando de fazer as coisas que me nutrem, para utilizar qualquer minuto nas tarefas de trabalho que eu precisava entregar.

Talvez você se reconheça nesses escritos. Talvez você esteja tão no meio no furacão que nem consiga se identificar com nada disso. Talvez você só vá perceber que entrou nesse looping, quando o seu corpo “pedir arrego” e você cair doente. Talvez, e eu torço para isso, você consiga estabelecer limites com mais facilidade que eu e essa roda gigante não te pegue com facilidade.

No meio do meu caos interno percebi que eu era um barco navegando sem rumo, em meio a ondas gigantes e sem conseguir parar, mesmo quando havia apenas marola. De repente percebi que as âncoras que sustentavam o meio eixo haviam sido tiradas, por mim mesma.

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Quando bate a sobrecarga de trabalho, tenho esse mau hábito de colocar um pouquinho de lado aquelas atividades que me mantém equilibrada. Apesar de trabalhar com o alívio de estresse e frequentemente falar para as pessoas que me procuram que elas não deveriam fazer isso, eu de vez em quando também faço.

Tantos anos de trabalho com o bem-estar me ensinaram que é preciso reconhecer quais são as suas Âncoras de equilíbrio (para mim são dormir bem, meditar pela manhã, e ter um período de ócio na semana). Mas reconhecer é apenas um passo.

Lembrar-se de não deixá-las de lado é parte fundamental do cuidar de si. Humanos que somos, deixamos de lado sim as coisas que nos fazem bem, principalmente nos momentos em mais precisamos delas. E aqui vem a sabedoria de se (re)conhecer: a cada contato mais íntimo que estabelecemos com nós mesmos conseguimos perceber mais rápido que estamos fora do eixo e temos os recursos conhecidos para retomá-lo.

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Por aqui, meu barco quase navegou à deriva. Consegui retomar as âncoras, um pouco mais rápido que da última vez e espero perdê-las cada vez menos. E por ai? Quais âncoras de trazem para perto de você?

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