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Saúde no Trabalho, com Bianca Vilela

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A fisiologista do exercício Bianca Vilela dá dicas de exercícios e abordagens para melhorar a saúde no trabalho

Saúde do homem: a nova abordagem para prevenção e qualidade de vida

Por Bianca Vilela
Atualizado em 10 nov 2025, 15h08 - Publicado em 9 nov 2025, 16h00
saude do homem
Saúde do homem: o novo olhar sobre prevenção e longevidade | (freepik/Freepik)
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Durante décadas, falar sobre saúde do homem se resumia a exames pontuais, como o de próstata, e a uma postura culturalmente enraizada: “homem não adoece, homem aguenta”. Mas esse modelo ultrapassado tem cobrado um preço alto.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os homens vivem, em média, seis anos a menos que as mulheres, e isso não se explica apenas por fatores biológicos — trata-se, sobretudo, de comportamento e autocuidado.

Hoje, o conceito de saúde masculina evoluiu. Não se trata apenas de detectar doenças, mas de evitar que elas apareçam. É um olhar integrado que conecta corpo, mente e estilo de vida. Prevenir, afinal, é investir em longevidade e qualidade de vida.

1. O silêncio como fator de risco

Estudos da Harvard Health mostram que homens tendem a procurar o médico apenas quando o problema já está avançado. Essa resistência à prevenção tem raízes culturais: medo, vergonha e a crença de que demonstrar vulnerabilidade é sinal de fraqueza.

O resultado? Maior incidência de doenças cardiovasculares, diabetes e transtornos mentais não diagnosticados. A prevenção começa com uma mudança de mentalidade: buscar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

2. Coração e mente no mesmo compasso

As doenças do coração ainda são a principal causa de morte entre os homens. O que muitos não sabem é que os fatores de risco são, em grande parte, modificáveis: má alimentação, sedentarismo, tabagismo, estresse crônico e sono insuficiente.

A American Heart Association destaca que 30 minutos de atividade física moderada por dia reduzem drasticamente o risco cardiovascular e ainda melhoram o humor e a cognição.

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A ciência também mostra que o coração e o cérebro estão interligados: quem cuida da saúde cardiovascular tem menor risco de depressão e declínio cognitivo com o passar dos anos.

3. Hormônios, energia e vitalidade

A partir dos 40 anos, é natural que ocorra uma leve queda na produção de testosterona. Porém, fatores como obesidade, estresse e privação de sono aceleram essa redução, levando a sintomas como fadiga, perda de massa muscular, baixa libido e irritabilidade.

Segundo a Mayo Clinic, a melhor forma de preservar os níveis hormonais é manter um peso corporal saudável, priorizar o sono profundo e adotar uma alimentação rica em proteínas magras, vegetais, gorduras boas e minerais como zinco e magnésio.

A reposição hormonal, quando necessária, deve ser avaliada com cautela e acompanhamento médico individualizado.

4. Saúde mental: o tabu invisível

A OMS alerta: os homens representam 75% dos casos de suicídio no mundo. Apesar disso, poucos falam sobre ansiedade, depressão ou esgotamento emocional.

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O estresse crônico e a pressão por desempenho — no trabalho, nos relacionamentos, na aparência — corroem a saúde silenciosamente.

A prevenção mental exige o mesmo zelo da física: sono de qualidade, conexões sociais verdadeiras, pausas intencionais e práticas de respiração, meditação ou lazer ativo.

Buscar psicoterapia deve ser visto como um gesto de inteligência emocional, não como sinal de fraqueza.

5. O papel da nutrição e do sono

A Harvard T.H. Chan School of Public Health reforça que a dieta mediterrânea — rica em vegetais, azeite, peixes, leguminosas e frutas — é a que mais se associa à longevidade masculina e à redução de doenças metabólicas.

O sono também é um pilar negligenciado: homens que dormem menos de 6 horas por noite apresentam maior risco de hipertensão, resistência à insulina e queda de testosterona. Dormir bem é um investimento em performance física e mental.

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6. A nova masculinidade da saúde

A prevenção moderna não se limita a exames anuais. Ela é feita todos os dias, nas escolhas cotidianas: o prato colorido, o tempo dedicado à família, a caminhada matinal, o exame de sangue feito em dia, a conversa com o terapeuta.

Cuidar da saúde é um ato de autoconhecimento e amor-próprio. A nova masculinidade se constrói não na negação da fragilidade, mas na consciência de que a força verdadeira vem do equilíbrio.

Mais do que viver longos anos, o desafio é viver bem, com energia, lucidez e propósito. A prevenção é, sem dúvida, o melhor investimento que um homem pode fazer em si mesmo — e no futuro daqueles que ama.

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BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20
anos. Na Boa Forma fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial

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