Saúde no Trabalho, com Bianca Vilela

A fisiologista do exercício Bianca Vilela dá dicas de exercícios e abordagens para melhorar a saúde no trabalho
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Desinteresse pelo álcool: como a nova geração redefine a diversão

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Por Bianca Vilela @biancavilelaoficial
Atualizado em 21 out 2024, 22h27 - Publicado em 7 set 2024, 20h00

Uma pesquisa realizada pela MindMiners sobre o consumo de bebidas, revelou que a Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e os Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1960) são as gerações que menos consomem bebidas alcoólicas atualmente. 

Os jovens da Gen Z, em particular, mostram-se menos interessados no álcool como forma de diversão, priorizando alternativas que não comprometem a saúde. O estudo sugere que o crescente desinteresse pelo álcool entre essas gerações é impulsionado por preocupações com a saúde mental e a busca por qualidade de vida, destacando que 87% das pessoas estão cada vez mais atentas ao bem-estar psicológico.

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O levantamento indica que apenas 50% dos jovens da Gen Z consomem bebidas alcoólicas, com os consumidores mais frequentes de álcool pertencendo às gerações X e Millennial. Além disso, há uma tendência de redução no consumo de álcool entre brasileiros em geral, com 33% dos participantes da pesquisa expressando intenção de diminuir sua ingestão. 

Durante a pandemia, enquanto metade das pessoas reduziu o consumo de bebidas alcoólicas, a outra metade aumentou, refletindo um cenário de mudanças significativas nos hábitos de consumo que podem oferecer novas oportunidades de mercado para empresas do setor.

A pesquisa também destaca que, apesar do declínio no consumo de álcool, a Geração Z continua apreciando bebidas com sabor doce, como refrigerantes, que se mantêm populares. 

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Refrigerantes são a segunda bebida mais consumida, atrás apenas da água, e preferidos por 47% das pessoas, que os consomem entre uma e três vezes por semana. O leite também é destacado como uma escolha popular, sendo a terceira bebida mais consumida no país. 

Beber álcool: quais os malefícios para a saúde? 

1. Danos ao Fígado: O consumo excessivo de álcool pode levar a condições como hepatite alcoólica, esteatose hepática (fígado gorduroso) e cirrose, comprometendo seriamente a função hepática.

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2. Problemas Cardiovasculares: O álcool pode aumentar a pressão arterial e o risco de desenvolver doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).

3. Distúrbios Mentais e Cognitivos: O uso de álcool está associado a um aumento do risco de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais. Também pode causar prejuízos à memória e à capacidade cognitiva.

4. Dependência e Abuso: O consumo de álcool pode levar à dependência (alcoolismo), o que pode resultar em problemas sociais, profissionais e de relacionamento.

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5. Risco de Câncer: O álcool está ligado a um aumento do risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de boca, garganta, esôfago, fígado e mama.

6. Impacto no Sistema Digestivo: O consumo de álcool pode irritar o trato gastrointestinal, causando gastrite e aumentando o risco de úlceras e pancreatite.

7. Comportamento de Risco: O álcool pode afetar o julgamento e a tomada de decisões, levando a comportamentos de risco, como dirigir sob a influência de álcool, que podem resultar em acidentes e lesões.

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Como reduzir o consumo de bebidas alcoólicas? 

É importante adotar estratégias práticas e conscientes. Comece estabelecendo metas claras e realistas sobre a quantidade de álcool que deseja consumir, e mantenha um registro de sua ingestão para monitorar seu progresso. 

Substituir o álcool por alternativas não alcoólicas, como água com gás, chás ou sucos, pode ajudar a diminuir o desejo de beber. É útil também identificar os gatilhos que levam ao consumo, como estresse ou eventos sociais, e buscar formas alternativas de lidar com essas situações, como praticar exercícios físicos ou meditação

Socializar em ambientes onde o álcool não é o foco, e comunicar a amigos e familiares sobre sua intenção de reduzir o consumo, pode fornecer suporte adicional. Além disso, buscar ajuda profissional, como terapia ou grupos de apoio, pode ser uma etapa importante para quem enfrenta dificuldades em controlar a ingestão de álcool.

Bianca Vilela é colunista da Boa Forma, fisiologista do exercício pela UNIFESP e especialista em saúde no trabalho. Não deixe de visitar o Instagram @biancavilelaoficial 

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