“Doença Celíaca é uma doença autoimune, diferente da intolerância ao glúten”, explica a nutricionista Camilly Gabry, do Rio de Janeiro.
De acordo com a especialista, os sintomas da doença celíaca podem variar de pessoa para pessoa, porém, os mais comuns são: diarreia ou constipação, distensão abdominal, vômitos, dor abdominal, dermatite herpetiforme, depressão, carência de vitaminas e minerais, anemia, fadiga crônica, emagrecimento, obesidade, atraso no crescimento, irritabilidade, osteoporose, infertilidade, abortos de repetição, dor de cabeça, dor articular, queda de cabelo, confusão mental e menopausa precoce.
Já na sensibilidade ao glúten não celíaca, o paciente apresenta desconforto gastrointestinal e sintomas como inchaço na barriga, dor no estômago, excesso de gases ou até vômito e diarreia.
“O que muita gente desconhece é que a doença celíaca tem origem genética e só se manifesta em indivíduos geneticamente predispostos, podendo se manifestar em qualquer idade. Após a ingestão do glúten que se caracteriza como uma causa ambiental, ocorre a resposta autoimune”, explica Camilly, que esclarece que o tratamento mais eficaz para a doença é a retirada total do glúten bem como uma estratégia nutricional voltada para doenças autoimunes.
Como toda doença, existem diversos mitos entreouvidos por aí pela população. Dentre os principais mitos, são eles: “Doença celíaca tem cura”; “Se tiver pouco glúten não tem problema”; “Doença celíaca é uma alergia alimentar.”
E afinal, como o gluten age no organismo? A expert afirma que o glúten age no organismo da pessoa acometida pela doença celíaca gerando uma resposta autoimune com consequente inflamação da mucosa do intestino delgado e atrofia das vilosidades intestinais com prejuízo na absorção de nutrientes.
Vale lembrar que alguns celíacos são assintomáticos, por isso a importância de um acompanhamento com nutricionista, para entendermos os melhores alimentos para o nosso organismo, independentemente de desconfortos.