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Qual a relação entre dieta cetogênica e câncer cerebral?

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Por Larissa Serpa
Atualizado em 21 out 2024, 22h27 - Publicado em 5 out 2021, 09h00

    Descobrir qualquer tumor pode ser uma notícia dura de digerir, mas uma das primeiras dúvidas que surgem é com relação à dieta, afinal, muitos pacientes sentem-se motivados a assumir o controle e ajudar em pelo menos algum aspecto de seu tratamento.

    Uma das dúvidas mais comuns é com relação a qual dieta seguir, para ajudar a frear o crescimento das células tumorais e melhorar a resposta do tratamento.

    Um estudo publicado em julho na Neurology, revista médica da American Academy of Neurology, avaliou a segurança da dieta cetogênica, rica em gordura e pobre em carboidratos. O pequeno estudo descobriu que a dieta era segura e viável para pessoas com tumores cerebrais chamados astrocitomas.

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    As refeições nessa dieta geralmente contêm proteínas de alto valor biológico, consumo de gorduras saudáveis e quantidades muito restritas de carboidratos complexos. As células cancerosas dependem da glicose, ou açúcar, para se dividir e crescer.

    Como a dieta cetogênica é pobre em açúcar, as células cerebrais normais podem sobreviver com cetonas, mas a teoria é a de que as células cancerosas não podem usar cetonas como energia, no entanto, mais estudos precisam ser realizados para confirmar a hipótese.

    No estudo, todas as pessoas haviam completado o tratamento de radiação e quimioterapia. A dieta levou a mudanças no metabolismo do corpo e do cérebro, mas o estudo não foi desenhado para determinar se a dieta poderia retardar o crescimento do tumor ou melhorar a sobrevida, apenas para determinar a segurança e viabilidade.

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    Nessa dieta, o corpo muda o que usa para obter energia – em vez de carboidratos, usa o que se chama cetonas.

    RESPONDIDO POR:

    GABRIEL NOVAES DE REZENDE BATISTELLA: Médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA). Formado em Neurologia e Neuro-oncologia pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, hoje é assistente de Neuro-Oncologia Clínica na mesma instituição. O médico é o representante brasileiro do International Outreach Committee da Society for Neuro-Oncology (IOC-SNO).

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