Há uma tendência por resultados naturais. Com isso, muitos pacientes estão querendo reverter os preenchimentos. A corrida pelo esvaziamento das substâncias injetadas no rosto acontece de forma progressiva. No Brasil, alguns famosos, modelos, cantores e influencers já optaram pela reversão de preenchimentos.
A hialuronidase é uma enzima injetável, uma cópia de uma proteína encontrada no corpo, usada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico. Além de moderar um efeito indesejado (como bochechas muito generosas) ou corrigir um erro (preenchimento migrado, irregular ou “ruim”), a enzima é essencial para gerenciar a rara emergência de preenchimento que é uma oclusão vascular.
Usamos a hialuronidase para dissolver rostos supercheios, pastosos e distorcidos. O excesso de preenchimento não apenas interfere em questões estéticas, mas também pode levar à obstrução do canal linfático e acúmulo de fluido, função muscular limitada (que pode causar expressões tensas) e estiramento permanente dos tecidos moles ao longo do tempo. Mas também dissolvemos para corrigir pequenas imperfeições, como canais lacrimais deixados inchados por um gel mal colocado.
As pessoas precisam realizar os procedimentos com responsabilidade, pois não podem achar que é só fazer e desfazer. Existem indicações precisas para o preenchimento. Ele deve ser usado quando há necessidade. Em outros casos, podemos usar tecnologias ou bioestimuladores injetáveis ou ainda a toxina botulínica. O que vale é a indicação médica.
Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS. Diretora da Clínica Cláudia Merlo. Instagram: @dra.claudiamerlo