Adotar um estilo de vida saudável é uma das formas de conseguir combater problemas do sono. Diante disso, é possível apostar no treino para tratar insônia, segundo especialistas e pesquisas científicas.
Um estudo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios relacionados ao sono, o que preocupa, uma vez que dormir mal significa estar mais perto de doenças diversas como hipertensão e problemas psiquiátricos. Assim, em busca de soluções para o que classificam como “pandemia do sono”, especialistas têm encontrado no exercício físico um ótimo aliado para alterar o cenário.
Benefícios do treino para tratar a insônia
Pesquisas como a conduzida pela universidade britânica de Nottingham Trent apontam o papel dos exercícios físicos na redução dessas comorbidades a partir de sua ação hormonal, notadamente na produção de endorfina, o “hormônio do bem-estar”, e liberação noturna de melatonina, chave para regulação do “relógio interno do corpo”, como motivos principais de sua eficácia na melhora da qualidade do sono.
Em março de 2024, no entanto, o pesquisador brasileiro Paolo Cunha, pós-doutorado no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, adicionou uma nova camada à discussão ao apontar que os benefícios do exercício físico, sobretudo da musculação, não se limitam à liberação hormonal que ocorre durante e/ou imediatamente após a prática, mas também pela melhor regulação fisiológica trazida pelo componente da força e da massa muscular.
De acordo com o treinador da Smart Fit Lucas Ribeiro, esses achados já não se restringem mais ao universo acadêmico e têm se traduzido em um aumento da procura da população geral pelas academias como tratamento não farmacológico para a melhora dos quadros de insônia. Para maximizar os efeitos concretos da prática, no entanto, o especialista aponta que uma análise da individualidade de cada aluno é indispensável.
“É necessário identificar, por exemplo, qual é o melhor horário ou o período mais indicado para a realização dos exercícios, já que as pessoas respondem de forma diferente ao exercício”, aponta o profissional.
“Para algumas, a prática causa letargia, relaxamento profundo, enquanto para outras, o estímulo é de ativação. Ou seja, o primeiro grupo deveria se exercitar no período da noite, enquanto a indicação para o segundo é a prática no período da manhã”, complementa.
Diante disso, Ribeiro sugere um treino para quem quer experimentar o exercício físico para dormir melhor. Confira abaixo no vídeo: