Quando o assunto é suplementação alimentar, existem tantas vitaminas e minerais importantes para o organismo humano que uma ou outra acabam passando batido no dia a dia. É o caso do zinco.
Se você não sabe, o zinco é muito importante para o corpo, já que esse elemento participa de mais de 300 reações químicas que envolvem a síntese e degradação de macromoléculas. Isso significa que ele é um oligoelemento de grande importância para o organismo humano em diversos aspectos metabólicos. “O zinco age como estimulante do crescimento, na prevenção do diabetes, como antioxidante, estimulante tireoidiano e como imunomodulador, entre outras funções”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR e Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.
E é por isso que a deficiência de zinco está relacionada a uma série de quadros patológicos. Quer um exemplo? Diarreia crônica, queda de cabelo, unhas fracas, infertilidade, falta de apetite, distúrbios de crescimento e dificuldade na cicatrização de feridas, para citar alguns. E, como tudo relativo à alimentação, o excesso também tem um efeito prejudicial no corpo: “Está associado à supressão da resposta imune e alterações metabólicas, como a diminuição da lipoproteína de alta densidade e a redução das concentrações de cobre no plasma”, continua.
As recomendações diárias variam dependendo do organismo, mas a média fica em 12 mg/dia para mulheres e 15 mg/dia para homens. Às vezes, esses números aumentam por uma necessidade da fase de vida, como durante a gestação, na infância, na puberdade e na senilidade. As grávidas e lactantes, por exemplo, precisam de um consumo de até 19 mg/dia.
Como suplementar o zinco na alimentação?
Pois é, o zinco é um elemento essencial para o correto funcionamento do corpo e, o melhor, não é difícil de encontrar na alimentação cotidiana. Segundo Carol Maretto, nutricionista da Clínica Aguilera, de São Paulo, o zinco é encontrado na carne bovina, suína, em aves, ostras e outros frutos do mar. Os vegetais não ficam de fora, assim como nozes, amêndoas e leguminosas como o feijão.
Por isso, uma deficiência desse elemento no corpo pode ser revertida com uma junção de boa alimentação mais suplementos de zinco indicados por um médico nas doses necessárias para cada caso.
“Se os sinais clínicos estão evidentes e há alterações de exames, uma suplementação é recomendada (as doses variam de 10-20 mg/dia, dependendo do caso)”, diz Carol. “Além de, claro, incorporar os alimentos fonte de zinco na alimentação do dia a dia. É sempre importante avaliar níveis de outras vitaminas e minerais, além de ajustar o estilo de vida para uma boa absorção e utilização dos nutrientes.”