Muitas vezes, quando o objetivo é emagrecer, é necessário fazer algumas mudanças na alimentação e, para isso, vale escolher entre dois caminhos: reeducação alimentar ou dieta. Mas, você sabe quais são as diferenças entre esses conceitos? A seguir, a gente te explica mais detalhes sobre o assunto e revela qual é o melhor para quem quer perder peso. Veja:
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR
A reeducação alimentar é um processo que tem o objetivo de orientar a pessoa para que ela siga hábitos e comportamentos equilibrados em relação à alimentação, proporcionando resultados mais duradouros a longo prazo. Além disso, também ajuda a ter consciência a respeito dos sinais de fome e saciedade do corpo, tornando a relação com a comida muito mais intuitiva e verdadeiramente saudável.
“Não se trata apenas do alimento em si, mas de todos os fatores ao redor da alimentação. Esse processo ensina a adotar uma dieta variada – rica em nutrientes essenciais -, a controlar as porções e a comer conscientemente, com atenção aos sabores e à mastigação. A reeducação deve se adaptar à sua rotina, sendo assim, é considerada uma forma mais realista de mudar os hábitos“, afirma a Carolina Lima, diretora de Marketing da VigilantesdoPeso no Brasil.
“Não existe uma lista de ‘coma ou não coma’. O que acontece é que você aprende que, às vezes, a melhor decisão é comer um pedaço de bolo, porque é delicioso e você está compartilhando com amigos. Você tem opções e sabe tomar decisões sem medo ou culpa”, completa.
Ao contrário das dietas, geralmente restritivas, que, apesar de prometerem efeitos rápidos, são difíceis de serem mantidas por mais tempo, a reeducação alimentar é um processo gradual e contínuo. E, justamente por se tratar de uma mudança de hábitos, muitos acham que ela é mais lenta ou difícil. Porém, é fundamental ressaltar que, ao incorporá-la na sua rotina, você terá uma chance bem maior de perda de peso definitiva e reduzirá o risco do temido efeito sanfona.
“A saúde também agradece, já que uma alimentação balanceada fortalece o sistema imunológico e evita uma série de doenças. A longo prazo, fica perceptível como o corpo reage positivamente a ela. Os cabelos e as unhas, por exemplo, ficam mais fortes, enquanto a pele pode se tornar mais firme“, diz Carolina.
DIETA
“Em geral, a dieta é uma alimentação restritiva e baseada em resultados para perda de peso. A relação que se estabelece com a comida é de proibição, o que pode levar a conquistas mais rápidas, mas que, com muita frequência, acabam desencadeando a compulsão alimentar e contribuindo para o aumento do peso. Afinal, é praticamente impossível manter uma restrição alimentar por muito tempo“, destaca.
QUAIS AS DIFERENÇAS?
Segundo Carolina, a dieta pode colocar a pessoa em uma jornada de restrição, favorecendo ansiedades e desconfortos, além de ser bastante difícil mantê-la por um longo período. Já a reeducação alimentar se insere no cotidiano e fornece ferramentas para proporcionar um estilo de vida mais saudável, permitindo que, mesmo após perder os quilinhos a mais, não haja dificuldades para manter o peso e os hábitos ganhos.
“A dieta para perda de peso é limitante, a reeducação alimentar é libertadora”, destaca Carolina.
Por exemplo, quando você está fazendo uma dieta, você foge da pizzaria ou então vai e pede uma salada, enquanto, em um processo de reeducação, é possível estabelecer uma convivência harmoniosa entre a pizza e o emagrecimento. “É tudo sobre escolhas. Na situação da pizzaria, você vai ter aprendido a controlar as porções e a fazer as melhores combinações, desfrutando do que você gosta sem comprometer os resultados“.
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR OU DIETA: QUAL É MELHOR PARA EMAGRECER?
Para determinar a melhor opção, é essencial avaliar as necessidades específicas de cada um, assim como as preferências, condições de saúde e objetivos. Além disso, é indispensável levar em consideração se o processo vai colocar em risco o bem-estar mental ou físico do indivíduo. “Cada pessoa é única, e acredito que respeitar essa individualidade é crucial no momento de se decidir entre a dieta e a reeducação alimentar”, ressalta.
Se você deseja perder peso definitivamente, cuidando ou até mesmo melhorando a sua saúde, a recomendação da profissional é apostar na reeducação alimentar. Isso porque, muito mais do que propor uma mudança temporária, ela mostra como fazer escolhas inteligentes sem restringir grupos alimentares inteiros e sem a necessidade de contar calorias, levando a um emagrecimento mais sustentável e permanente.
Entretanto, não podemos esquecer que, ao adotá-la, não devem ser realizadas alterações drásticas e radicais, sendo necessário ter paciência e confiar no processo, que é gradual. “É importante estar disposto a viver uma jornada de autoconhecimento e aprender a ouvir o seu corpo, buscando sempre o equilíbrio”.
Outro grande benefício que faz da reeducação uma boa alternativa é que ela vai muito além do emagrecimento, promovendo a prevenção de doenças relacionadas aos padrões alimentares, entre elas, obesidade, diabete, hipertensão e problemas cardiovasculares.
Agora, falando sobre a dieta, a pessoa deve ter em mente que, provavelmente, existirão momentos de privação, que envolvem a restrição de certos alimentos e limites calóricos mais severos.
“Dietas restritivas ou modismos alimentares, apesar de trazerem efeitos rápidos, podem ser nocivos ao organismo e às emoções, desencadeando deficiências nutricionais, por exemplo. Além disso, na maioria das vezes, causam o ganho de peso novamente após a retomada da ‘vida normal’“, alerta Carolina.
Portanto, mesmo que a decisão entre reeducação alimentar e dieta dependa de vários critérios, incluindo as metas almejadas, a primeira estratégia se destaca, principalmente, por envolver mudanças que não são apenas temporárias, evitando o efeito rebote e contribuindo para uma vida mais saudável.
Para aderir a um plano alimentar seguro, busque uma orientação adequada e qualificada.