Não é de hoje que os mitos e verdades sobre os ovos deixam as pessoas em dúvida a respeito desse alimento tão versátil e nutritivo.
Fato é que, hoje em dia, muitos estudos e pesquisas já concluíram que ele é uma opção saudável e que seu consumo está diretamente relacionado à melhora do saúde e do organismo.
De acordo com Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil, o ovo ovo é considerado uma fonte nutricionalmente rica.
“Ele é uma excelente fonte de proteínas de alta qualidade e contém todos os aminoácidos essenciais necessários para o bom funcionamento do organismo. Além disso, é rico em ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados, vitaminas, minerais e carotenóides”, aponta a profissional.
E completa: “Seu consumo regular pode beneficiar a qualidade de vida em todas as faixas etárias”.
Dito isso, a nutricionista esclareceu mitos e verdades comuns sobre os ovos, especialmente a respeito de sua casca. Veja a seguir!
Mitos e verdades sobre os ovos
Lúcia afirma que é comum que haja dúvidas a respeito dos mitos e verdades sobre os ovos, especialmente quando o assunto é chalaza, diferença na coloração da casca ou a cor da gema.
“A chalaza para quem não sabe é uma proteína fibrosa que faz parte da clara e tem como função manter a gema centralizada dentro do ovo. Todos os ovos têm chalaza. O que ocorre é que, em alguns casos, ela fica mais ou menos visível no momento do consumo dos ovos”, aponta a nutricionista.
“Algumas pessoas ainda associam a chalaza ao odor do ovo. Contudo é importante sabermos que quem proporciona o odor é a película que envolve a gema. Então, a chalaza é uma parte importante do ovo e apenas composta de proteínas, que podemos consumir normalmente, ou seja, não é necessário retirar antes do preparo”, completa.
Quanto a cor da casca, a profissional afirma que, de forma geral, as pessoas pensam que o ovo marrom ou vermelho tem um conteúdo mais nutritivo que os de casca branca. Por isso, acredita-se muitas vezes que o ovo marrom deve ser destinado a crianças, idosos e convalescentes.
“O que a maioria das pessoas desconhece é que a coloração da casca está relacionada à raça da galinha e não ao seu potencial nutritivo”, ela afirma.
E continua: “Essa constatação foi verificada no estudo conduzido por Fluck, A. C. e colaboradores, realizado com 1.561 pessoas de diferentes regiões do Brasil, em que 55,3% delas afirmaram não ter conhecimento técnico sobre a cor da casca do ovo”.
Por fim, este mesmo estudo analisou a coloração da gema e verificou que 49,9% das pessoas sabem que este fator está relacionado à adição de carotenóides na ração ou através do consumo de gramíneas na pastagem pelas galinhas.
“As pessoas acreditam que a coloração mais intensa da gema proporciona um conteúdo mais nutritivo. Entretanto, ela apresenta um maior conteúdo de pigmentos com ação antioxidante, e os estudos mostram que não existem diferenças nutricionais significativas”, conclui Lúcia.