Fonte de fibras solúveis, principalmente a pectina, a farinha de maracujá é um produto obtido a partir da casca desidratada e moída da fruta e que pode ser usado para garantir uma série de benefícios para a saúde.
Como explica Nataniel Viuniski, médico nutrólogo e membro do conselho de nutrição da Herbalife, é possível também que a farinha seja ser produzida por meio do processo de liofilização, que desidrata a casca do fruto em baixas temperaturas visando preservar seus nutrientes e, depois, vai para a moagem.
“Embora seja possível produzi-la em casa, é geralmente mais conveniente adquiri-la pronta. No entanto, é essencial que seja de uma fonte confiável para garantir sua qualidade”, ele orienta.
Indicação e benefícios
Segundo o profissional, a farinha de maracujá é indicada para pessoas que querem ou precisam aumentar o consumo de fibras a fim de melhorar a saúde digestiva, controlar o peso pela ação da fibra solúvel na saciedade ou controlar a glicemia e os níveis de colesterol, pela redução na absorção de açúcares e gordura pelo intestino.
Entre os benefícios oferecidos por pela para a saúde, os principais são o alto fornecimento de pectina e outras fibras solúveis que auxiliam na regulação do trânsito intestinal e na sensação de saciedade, contribuindo para o controle do apetite, e a redução dos níveis de colesterol e glicose no sangue, conforme comprovou um estudo publicado na Revista Brasileira de Farmacognosia.
Como a farinha de maracujá deve ser usada?
Viuniski afirma que a farinha de maracujá pode ser consumida de diversas formas: adicionada a sucos, vitaminas, iogurtes, saladas, sopas ou como ingrediente em receitas de bolos e pães.
“A quantidade recomendada varia de acordo com as necessidades individuais. Mas, geralmente, uma a duas colheres de sopa por dia são suficientes para aproveitar seus benefícios”, orienta.
Contraindicações e riscos do consumo errado
De acordo com o médico nutrólogo, embora seja considerada segura para a maioria das pessoas, a farinha de maracujá pode causar desconforto gastrointestinal, especialmente se consumida em excesso ou por pessoas sensíveis às fibras. Além disso, pacientes com histórico de alergia ao maracujá não devem consumi-la.
Quanto aos riscos, o profissional diz que o consumo errado da farinha de maracujá pode levar ao desconforto abdominal, gases e prisão de ventre, devido ao alto teor de fibras.
“Por esse motivo, é importante consumi-la com moderação e aumentar a ingestão de água para evitar esses efeitos colaterais”, ele aponta. “Recomenda-se também consultar um profissional de saúde antes de incluí-la na dieta, especialmente se a pessoa tiver condições médicas preexistentes”, finaliza.