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Dieta Ornish: muito além das mudanças na alimentação

A dieta ornish faz parte de um programa que combina alimentação, exercícios, manutenção do estresse e desenvolvimento de redes de apoio

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h47 - Publicado em 14 fev 2023, 08h00

Existem muitas dietas que viralizam nas redes sociais e nos sites de notícia de tempos em tempos, e a mais recente a ganhar espaço é a chamada dieta ornish. Porém, antes de achar que esse método se restringe apenas à alimentação… pense novamente.

Na verdade, a dieta ornish faz parte de um processo intenso de mudança de estilo de vida, que objetiva reverter questões cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida sem limitar ou restringir a quantidade de alimentos ingeridos.

Vamos entender melhor? 

O QUE É A DIETA ORNISH? 

A dieta ornish é uma proposta desenvolvida pelo professor Dr. Dean Ornish para tratar e reverter condições cardíacas, quadros de diabetes, combater o envelhecimento precoce e prevenir contra o câncer. 

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Ou seja, não envolve apenas a alimentação, mas segue uma proposta multifacetada de mudança de estilo de vida que colabora para a saúde e o bem-estar como um todo. 

“Essa dieta faz parte de um contexto maior, que é essa mudança de estilo de vida intensiva, que tem como base a disciplinaridade”, explica a Dra. Carolina Pimentel, nutricionista, PhD e certificada como Lifestyle Medicine Professional. “Então, além de seguir essa dieta, os pacientes recebem apoio médico, de educadores físicos, da nutricionista, obviamente, de um chef coach que vai ensinar, preparar e planejar todas essas refeições, um coordenador de hábitos, que chamamos de health coach, e um especialista de controle de estresse.”

COMO A DIETA ORNISH FUNCIONA? 

Dentro desse contexto de mudança de estilo de vida, a dieta ornish é classificada como uma dieta plant-based, ou seja, uma dieta de padrão vegetariano composta, em sua maioria, por alimentos in natura. 

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Isso significa que o foco está no consumo de legumes, verduras e frutas, com menor índice de açúcares e carboidratos refinados, além de gorduras “ruins”. De forma simples, a dieta pode ser resumida em alguns pontos: 

QUAIS OS BENEFÍCIOS E DESVANTAGENS DA DIETA ORNISH? 

“Uma das vantagens é que essa se torna uma dieta muito rica em fibras, em fito-nutrientes, em gorduras boas (insaturadas), os fitoquímicos (antioxidantes)… Tudo isso está presente na cartela dos alimentos vegetais”, explica a nutricionista. 

Por outro lado, limita-se o consumo das carnes, o que pode gerar uma deficiência de vitaminas, principalmente as do complexo B, como a B12, e de ferro. Por isso, o próprio método recomenda a suplementação de alguns nutrientes para evitar complicações derivadas de uma dieta majoritariamente vegetariana. 

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O mesmo vale para o cálcio – como a dieta restringe o consumo de derivados do leite, esse é outro nutriente importante que pode faltar e gerar consequências para a saúde, tal qual o enfraquecimento dos ossos, por isso, também pode ser suplementada.  

DIETA ORNISH E PERDA DE PESO

Uma das principais dúvidas é se essa dieta também colabora para a perda de peso e, considerando o estilo de alimentação, pode-se dizer que sim, ela colabora para a perda de peso.

No entanto, a dieta ornish não se concentra em número de calorias consumidas por dia – mas na qualidade dos alimentos consumidos e seu valor nutricional. Por isso, é preciso fazer o acompanhamento com controle de porções, além de combinar a alimentação com uma rotina de exercícios para garantir a perda de peso desejada. 

DIFICULDADES DA DIETA ORNISH

Vale lembrar que a dieta ornish é, na verdade, parte de um programa muito maior que engloba não só uma alimentação plant-based, mas também uma rotina de exercícios, controle de estresse e o desenvolvimento de uma rede de apoio – tudo isso, combinado, é o que faz esse processo tão interessante e efetivo na luta contra as doenças cardiovasculares e na melhora do estilo de vida. 

“A maior dificuldade é entender os hábitos alimentares, por isso, está aí o papel do nutricionista, que vai ensinar essas pessoas a preparar as refeições, planejar e ter tudo disponível para não precisar focar no ambiente”, continua a Dra. Carolina. “Para mudar hábitos, é preciso ter uma consciência muito grande e controle para perseverar nesses hábitos”. 

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