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Crianças são mais afetadas por desidratação: profissional dá orientações

De acordo com nutricionista, é preciso redobrar os cuidados com a alimentação e prestar atenção nos sinais de desidratação

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h42 - Publicado em 22 jan 2024, 10h00

Se para os adultos o calor já é algo difícil de enfrentar, para os bebês pode ser ainda pior, especialmente porque as crianças são mais afetadas pela desidratação. Prova disso é que, no fim de 2023, hospitais de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e do Espírito Santos, por exemplo, tiveram uma alta de até 40% nos atendimentos de crianças.

De acordo com a nutricionista materno infantil Franciele Loss, nesse período é necessário que os pais dos pequenos adotem certos cuidados para garantir que eles estejam realmente hidratados, evitando os perigos que a desidratação pode oferecer à saúde.

Como evitar a desidratação em crianças

Segundo a profissional, na fase da amamentação, o indicado é que as mães mantenham a livre demanda para os bebês, sem restrição de horário. Além disso, também é possível preparar o “peitolé”, ou seja, o leite materno congelado em forminhas de picolé, para que os pequenos se refresquem e se hidratem ao mesmo tempo. “Ele pode ser oferecido mesmo antes da introdução alimentar, afirma Franciele.

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Já durante a introdução de alimentos sólidos, ela sugere optar por ingredientes leves e geladinhos, como é o caso de frutas frescas como a melancia e o melão, por exemplo. “Iogurte natural, purês de frutas gelados ou alimentos levemente resfriados podem ser mais atraentes e refrescantes para os bebês.”

Quanto a meta de água que deve ser ingerida diariamente por eles, a nutricionista esclarece: “Não fique tão apegado somente ao líquido, pois pode ser que seu bebê não aceite tantas vezes ao dia. Isso não quer dizer que você deva parar de ofertar, mas lembre-se que eles também obtêm água provinda de outros alimentos e do leite materno ou da fórmula”.

Outra dica é apresentar diferentes copos, pois isso aguça a curiosidade da criança e pode contribuir com uma melhor aceitação da água.

Franciele ressalta que alimentos pesados de baixa digestão e comidas quentes durante os períodos de calor intenso devem ser evitados. “Opte por refeições mais leves e frescas, como vegetais e legumes, carnes brancas, como peixe e frango, e frutas, como melancia, laranja e melão”.

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Segundo ela, é possível que durante o calor os bebês tenham menos apetite, mas é essencial garantir que estejam recebendo os nutrientes adequados.

Sinais de desidratação para ter atenção

Por fim, a nutricionista chama atenção para alguns detalhes que podem representar desidratação. “Fique atento aos sinais de desidratação, como lábios secos, olhos fundos, urina escura, com cheiro forte ou menos frequente e choro sem lágrimas. Se observar algum desses, entre em contato com o pediatra imediatamente”, pontua.

Franciele orienta a sempre consultar um nutricionista especializado ou o pediatra para obter orientações específicas sobre a alimentação do bebê, levando em consideração as condições individuais de saúde e desenvolvimento.

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