Não há como negar que o café é uma das bebidas mais amadas e consumidas mundo afora. O sucesso é tanto que ele ganhou até mesmo um dia para chamar de seu: 25 de maio. Porém, apesar de agradar ao paladar de muitos, o que mais atrai as pessoas são seus efeitos, que podem ser benéficos ou não para a saúde.
De acordo com Rodrigo Schröder, médico especialista em medicina e performance esportiva, de forma controlada, o café é um poderoso aliado a saúde.
“Em quantidades moderadas, ele pode melhorar o desempenho cognitivo, aumentar o estado de alerta e a concentração. Além disso, o café é rico em antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o risco de várias doenças crônicas, como doenças cardíacas e diabetes tipo 2”, explica.
Principais benefícios do café
Mais do que apenas manter acordado, o café traz vantagens até mesmo protegendo o organismo contra danos celulares. De acordo com Schröder, estão entre os principais benefícios:
- Melhora da função cognitiva: A cafeína pode melhorar a memória, o tempo de reação e a função cognitiva geral;
- Propriedades antioxidantes: Os antioxidantes no café podem ajudar a proteger contra danos celulares;
- Redução do risco de doenças: Estudos sugerem que o consumo moderado de café pode reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e certas formas de câncer.
- Melhora no desempenho físico: A cafeína pode aumentar os níveis de adrenalina, preparando o corpo para esforços físicos.
Riscos do consumo em excesso
Apesar dos vários benefícios, o médico destaca que, para obter essas vantagens para a saúde, incluindo as relacionadas ao aumento da energia, é necessário ter cuidado com a quantidade de café consumida. “Assim evita-se os efeitos colaterais. Recomenda-se limitar o consumo a cerca de 2 a 3 xícaras por dia. Além disso, evitar consumir café no final da tarde ou à noite pode ajudar a prevenir problemas de sono.”
Sem moderação, a bebida pode se tornar uma verdadeira vilã. Isso porque, de modo geral, os seus malefícios estão diretamente ligados aos excessos. Segundo o especialista, estão entre os principais efeitos colaterais:
- Ansiedade e nervosismo: Altas doses de cafeína podem aumentar os níveis de ansiedade;
- Distúrbios do sono: O consumo de café, especialmente à noite, pode prejudicar a qualidade do sono;
- Problemas digestivos: Para algumas pessoas, o café pode causar problemas digestivos, como refluxo ácido e irritação gástrica.
- Dependência de cafeína: O uso regular de grandes quantidades de cafeína pode levar à dependência, com sintomas de abstinência como dores de cabeça e irritabilidade quando o consumo é interrompido.
Substitutos para quem gosta do efeito, mas não do sabor
Pesquisas já mostraram que o café está presente na casa de 98% dos brasileiros e é uma das bebidas favoritas no país. Contudo, não é todo mundo que aprecia o sabor em si, mas sim seus benefícios. A boa notícia, segundo o médico, é que é possível obter as mesmas vantagens dela, sem ter que consumi-la: basta substituir por opções que se assemelhem.
Entre os principais substitutos, Schröder lista:
- Chá verde, que é rico em antioxidantes e com uma quantidade moderada de cafeína, pode melhorar a função cognitiva e a queima de gordura;
- Chá preto, que contém cafeína e antioxidantes que oferecem benefícios similares aos do café;
- Erva-mate, que contém cafeína e uma variedade de nutrientes;
- Matchá, uma forma de chá verde em pó, conhecida por seus altos níveis de antioxidantes e propriedades de aumento de energia.