Uma bebida fermentada, à base de chá preto ou verde, que pode carregar mais de 40 microorganismos e promete benefícios à saúde, o kombucha está em alta! Segundo um estudo publicado no Market Research Report, o mercado global de kombucha deve atingir US$ 10,45 bilhões até 2027. O motivo de tamanho potencial? Os benefícios do kombucha, que você descobre a seguir.
O QUE É KOMBUCHA?
Antes de mais nada, vamos entender melhor o que é kombucha.
De acordo com a nutricionista Natalia Barros, o kombucha é uma bebida feita pela fermentação de um chá (geralmente chá preto ou verde), açúcar e uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras probióticas chamada scoby (Symbiotic Colony of Bacteria and Yeast). Esse processo de fermentação dura em torno de 7 a 10 dias.
Embora o chá preto e o açúcar sejam os ingredientes mais comuns para o preparo do kombucha, também podem ser utilizadas outras ervas e ingredientes, como agave, mel, chá de hibisco, chá mate, suco de frutas e gengibre.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO KOMBUCHA?
“O kombucha está se popularizando como um alimento funcional devido às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, além de auxiliar na saúde da microbiota intestinal e no sistema imunológico. Mas faltam evidências diretas que confirmem esses benefícios”, explica a nutricionista.
Ainda segundo a especialista, há poucos estudos realizados com humanos. No entanto, as pesquisas atuais sugerem que os benefícios do kombucha são derivados do chá e dos produtos da fermentação, como ácido glucurônico, ácido acético, polifenóis, fenóis e vitaminas do complexo B, incluindo o ácido fólico.
Dentre seus potenciais benefícios, podemos citar:
1Fortalecimento do sistema imunológico
Uma vez que promove o equilíbrio da flora intestinal, o kombucha melhora a ação dos anticorpos.
Melhora do funcionamento do intestino
A bebida equilibra a flora intestinal, deixando o intestino mais regulado.
2Prevenção da pressão alta
As propriedades do kombucha melhoram o relaxamento das artérias e isso acaba facilitando a circulação de sangue.
3Ação desintoxicante
Ao se ligar às toxinas no organismo, o kombucha estimula sua eliminação pela urina e pelas fezes.
Ajuda no combate à gastrite
Para quem sofre com esse mal-estar, a bebida auxilia a eliminar a bactéria H. pylori, umas das grandes causas de gastrite.
QUAIS OS RISCOS DO KOMBUCHA?
De acordo com a nutricionista, o consumo de kombucha é contraindicado para mulheres grávidas ou lactantes. Além delas, pessoas com doença renal, pulmonar, hepática ou algum comprometimento do sistema imunológico (como câncer ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) não devem apostar na bebida.
“Como o kombucha não é pasteurizada e contém uma mistura de diferentes tipos de bactérias e leveduras, ele pode promover o crescimento de bactérias oportunistas que podem causar infecções em certas pessoas”, explica Natalia.
E se você sofre com gases ou distensão abdominal, também é bom evitar a bebida.
QUANDO E QUANTO EU DEVO CONSUMIR?
De acordo com a nutricionista, pessoas saudáveis podem beber cerca de 120 ml de kombucha por dia sem preocupação. Entretanto, a recomendação é que o seu consumo aconteça quando há algum desequilíbrio da microbiota intestinal. Por exemplo, após o uso prolongado de antibióticos.
CUIDADOS NA HORA DE ESCOLHER O SEU KOMBUCHA
“Muitas dessas bactérias são consideradas probióticos, mas, se o preparo for inadequado, a bebida poderá conter bactérias ou fungos nocivos. Assim, alguns cuidados devem ser tomados na hora de se comprar um kombucha”, ressalta Natalia.
Algumas dicas para escolher seu kombucha:
1Priorize bebidas vendidas em recipientes de vidro
Os produtos químicos de recipientes de cerâmica ou chumbo podem contaminar sua kombucha.
2Confira a taxa de álcool
Os produtos comerciais devem conter, obrigatoriamente, menos de 0,5% de álcool.
3Fica de olho no rótulo
Verifique sempre os ingredientes e tente evitar marcas com alto teor de açúcar.
4Evite versões caseiras
De acordo com Natalia, parte do preparo do kombucha é deixar algumas bactérias se desenvolverem em um líquido que, no final, você vai beber, por isso é preciso tanto cuidado e atenção. “Embora muitas dessas bactérias sejam consideradas probióticos, se o preparo for inadequado, a bebida poderá conter bactérias ou fungos nocivos”, alerta.
Dessa forma, o preparo caseiro do kombucha precisa ser feito com muito cuidado, prestando atenção na higienização dos materiais, armazenamento e controle de temperatura.
Ainda segundo a nutricionista, os kombucha caseiros não possuem um controle tão rigoroso de normas de segurança. Sendo assim, a opção mais segura é optar pela versão pronta, disponível em lojas físicas ou virtuais.