OMS vai analisar riscos ligados a partículas de plástico em água
Novo estudo feito com 11 marcas revela altos índices de micropartículas do material em águas engarrafadas
Beber água em garrafa de plástico oferece algum risco para nosso organismo? A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer responder a essa pergunta, após um estudo da entidade jornalística americana Orb Media alertar para a alta concentração de micropartículas desse material em águas envasadas.
Os pesquisadores analisaram mais de 250 garrafas de 11 marcas – entre elas, a brasileira Minalba e outras comercializadas por aqui, como a Nestlé Pureza Vital e a italiana San Pellegrino. Os resultados apontam uma média de 10.4 partículas de plástico (microplástico) por litro, além de outras partículas ainda menores (314 por litro) que não foram identificadas, mas os cientistas assumem ser plástico também.
Para os autores da investigação, esses achados são preocupantes. “Uma pessoa que toma um litro de água de garrafa por dia pode estar ingerindo milhares de partículas de microplástico por ano”, escrevem os pesquisadores em um artigo sobre o trabalho. Os verdadeiros riscos disso, no entanto, ainda são desconhecidos – e é o que a OMS pretende investigar.
Em entrevista ao jornal britânico BBC, Bruce Gordon, coordenador global da OMS para trabalhos sobre água e saneamento, disse que a intenção não é alarmar a população, mas estar ciente sobre a quantidade de plásticos nos líquidos produzidos pela indústria. “Normalmente, nós temos um limite ‘seguro’, só que para definir isso, precisamos entender se esses elementos são perigosos e se estão em concentrações que oferecem riscos”, afirma Bruce.
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Então, sem desespero, ok? Até que a ciência prove o contrário, não há problema em matar a sede com uma (ou mais) garrafinha de água.