Cansaço, falta de motivação, dificuldade de se concentrar e infertilidade: o que esses problemas têm em comum? “Todos são causados pelo stress”, você pode responder. Certo, mas… nem sempre! Esses também podem ser sinais de que algo está errado com a tireoide.
As disfunções nessa glândula são mais comuns em mulheres. Para ter ideia, aos 60 anos de idade, 17% delas apresentam hipotireoidismo (tireoide pouco ativa) ante 8% entre os homens. Quando se trata do hipertireoidismo (muita liberação de hormônio), o cenário não muda: a encrenca é dez vezes mais comum no sexo feminino do que no masculino.
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Mas, mesmo tão expostas às disfunções tireoidianas, a mulherada não está ligada nos sinais relacionados a elas. É o que demonstra uma pesquisa global encomendada pela empresa alemã de ciência e tecnologia Merck, que incluiu 6.171 voluntárias de setes países: Brasil, México, Chile, Itália, Arábia Saudita, Indonésia e França.
O levantamento mostra que a maioria das participantes desconhece os sintomas de distúrbios na tireoide ou relaciona-os apenas à rotina corrida que se leva atualmente. Quase metade das entrevistadas (49%) não suspeitou que o fato de sentirem-se cansadas/lentas todos os dias poderia ser causado pelo mau funcionamento da glândula localizada no pescoço. O mesmo vale para o sentimento de agitação e/ou dificuldade para dormir.
No Brasil
Por aqui, as mulheres até associam a tireoide ao problema para ganhar ou perder peso ou à sensação constante de cansaço. Só que, segundo a pesquisa da Merck, a pouca capacidade de concentração, a falta de motivação, a ansiedade e irritabilidade são questões que as brasileiras não costumam relacionar aos males tireoidianos — que também podem estar por trás da infertilidade e da perda de audição, outros elos desconhecidos pelas participantes nacionais.
Diagnóstico e tratamento
A principal forma de identificar o hipo ou o hipertireoidismo é por meio da dosagem de TSH, substância que estimula a glândula a trabalhar. É ela que promove a produção de T3 e T4, hormônios que definem o ritmo de funcionamento de todo o organismo.
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No caso do hipotireoidismo, o tratamento é feito a partir da reposição hormonal – que deve ser feita para o resto da vida. Já a terapia do hipertireoidismo pode se dar tanto a partir de medicamentos que impedem a glândula de produzir novos hormônios quanto por meio da destruição do tecido da tireoide com iodo radioativo ou cirurgia.