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Memória: 7 fatos curiosos que você provavelmente não sabia

Ficamos melhores em memorizar informações conforme envelhecemos

Por Manuela Biz
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 13 jun 2020, 07h01
memória
Alimentação correta é aliada contra a perda cognitiva (Huyen Nguyen, Unsplash/Reprodução)
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Tem percebido sua memória pior do que o usual durante essa quarentena? Pessoas boas em lembrar de coisas e momentos provavelmente herdaram essa capacidade de seu pai, mãe ou um parente próximo – afinal, ela é genética. Mas é possível que esse sistema falhe em momento de estresse, como o que estamos passando atualmente. Veja outras curiosidades sobre a memória que a ciência descobriu.

1. Falha de memória é possível, sim, aos 20 anos

“Oi, lembra de mim?” Mesmo que você responda rapidamente à pessoa à sua frente, não imagina que uma pergunta extremamente simples como essa possa ser capaz de acionar um mecanismo tão complexo na sua cabeça. “Até encontrar a informação correta, o cérebro libera neurotransmissores que provocam reações químicas [as sinapses] entre os neurônios”, explica o neurologista Fábio Shiba, de São Paulo. Esse processo acontece em frações de segundo e sempre que você precisar dos dados armazenados na sua memória. Mas, dependendo do estilo de vida (se você tem comportamentos agressores como consumo exagerado de álcool, sedentarismo e tabagismo, por exemplo), ele pode se tornar menos ágil até mesmo em quem está na faixa dos 20 anos, de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

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2. A capacidade de memorizar informações melhora com a idade

A gente tem a ideia de que a memória piora com a idade. Mas a ciência provou o contrário: a capacidade do ser humano de acessar seu “arquivo” de conhecimentos e habilidades chega ao auge entre os 60 e os 70 anos. Os jovens são mais rápidos para encontrar os dados armazenados, porém o excesso de estímulos faz com que eles se percam no meio do caminho. Um estudo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, com voluntários entre 30 e 95 anos, revelou que a partir dos 40 anos, o hipocampo das mulheres (área que armazena as informações recentes) cresce por causa do hormônio feminino estrogênio.

3. Estresss e traumas causam bloqueios de memória

Numa situação de perigo, o cérebro é orientado pelo nosso instinto de sobrevivência a usar toda a sua capacidade cognitiva. Resultado: o armazenamento das informações fica prejudicado. É por isso que, depois de passarem por um trauma, algumas pessoas não conseguem lembrar o que aconteceu.

O famoso “deu branco” – quando o nome daquela música ou ator que você sabe de cor foge à mente – também tem lógica. A memória funciona como uma biblioteca, e, quanto mais dados são acumulados, mais difícil para o cérebro encontrar a resposta certa no tempo ideal. Respire fundo e tente relaxar. As informações desejadas logo serão localizadas. Faça o mesmo numa prova ou reunião de trabalho para baixar os níveis de cortisol – o hormônio do estresse joga contra a memória.

Pior: pesquisadores da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, observaram uma redução no tamanho do hipotálamo de mulheres que, ao longo de 20 anos, viveram muitas situações de tensão. A boa notícia é que praticar atividades como ioga, meditação e tai chi chuan ou, ainda, descobrir um hobby que acalma consegue reverter esse quadro de atrofia mental.

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4. A memória não é fixa como uma fotografia

Pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, associam as lembranças arquivadas na mente a um filme contínuo que vai sendo editado ao longo da vida e, por isso, nem sempre ele é fiel ao original.

5. Déjà vu é real

Sabe aquela impressão de já ter vivenciado uma situação do presente? Ela costuma surgir quando uma imagem ou cheiro despertam uma memória adormecida.

6. Ter memória de elefante é genético

Quem se lembra de datas históricas, nomes de políticos e detalhes de viagens sem o mínimo esforço é um sortudo. “Essa habilidade tem a ver com a genética”, explica o neurologista André Lima, do Rio de Janeiro. Mas qualquer pessoa sadia pode acessar com facilidade as informações armazenadas na mente, desde que a exercite sempre, por toda a vida. Reservar diariamente um tempinho para relaxar é essencial para quem quer ter um raciocínio rápido e arrasar nas palavras cruzadas.

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7. Praticar atividade física garante um bom funcionamento do cérebro 

Quem se exercita com frequência antes dos 40 anos preserva o volume cerebral intacto décadas depois: movimentar o corpo faz com que o coração bombeie mais sangue e oxigene melhor a cabeça. Andar já ajuda. Praticar 40 minutos por dia, três vezes por semana, aumenta o hipocampo em 2%, no período de um ano, segundo estudo do Instituto Nacional de Envelhecimento.

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